Santana Lopes e militantes do Aliança “ocuparam” durante a tarde as instalações da Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC), em Lisboa, em protesto contra a alegada falta de equidade na cobertura mediática.
Cerca de cinquenta militantes do Aliança e candidatos do partido às eleições legislativas de outubro estão, esta tarde, na sede da Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC), numa ação de “ocupação pacífica”, nas palavras de um dos envolvidos no protesto ao Expresso.
De acordo com o matutino, os ocupantes exigem ser recebidos por um responsável da ERC e receber garantias de que a campanha do Aliança terá atenção dos órgãos de comunicação social ao contrário do que, dizem, tem acontecido.
Ao que o Expresso apurou, os representantes da Aliança limitaram-se a dirigir-se à sede da entidade, em Lisboa, sem qualquer reunião previamente marcada. Pedro Santana Lopes juntou-se ao protesto, quando os militantes do partido já estavam sob a ameaça de ser chamada a polícia para evacuar o local.
“Estamos numa luta pela liberdade de imprensa, pelo direito a informar e ser informado”, disse Santana Lopes ao Expresso, queixando-se de que o seu partido tem sido alvo de um apagão mediático.
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Santana prometeu ainda levar o seu protesto “às entidades internacionais”, caso as autoridades portuguesas não sejam capazes de garantir cobertura mediática e igualdade de oportunidades à Aliança.
O líder do partido considera ainda que deveriam ser realizados debates para as eleições legislativas com os partidos mais pequenos, “nem que se fizessem em agosto nos canais de cabo”.
O partido já terá contactado a Comissão Nacional de Eleições e o Presidente da República, tendo ambos remetido a resolução da questão para a ERC.
“Escrevemos à Comissão Nacional de Eleições e mandaram-nos para a ERC. E eu fui. Cheguei, disseram-me que não podia passar aquela linha [da entrada], mas eu passei. Subi por ali acima e esperei que alguém, algum dirigente, algum administrador, viesse falar comigo. Ninguém apareceu”, contou Santana Lopes ao Público.
“A ERC tem de definir como é feita a cobertura da campanha. Que definam se temos direito a uma cobertura de um terço do PS ou um quinto do Bloco de Esquerda! Definam as coisas para nós sabermos o que fazer. A verdade é que ninguém diz nada. Isto assim é um Estado de direito?”, questionou o cabeça de lista do partido pelo círculo de Lisboa.