Trump volta a defender regresso da Rússia ao G7

Michael Reynolds / EPA

O presidente dos EUA, Donald Trump

O Presidente dos Estados Unidos voltou nesta terça-feira a defender o regresso da Rússia ao grupo das oito nações mais industrializadas (G8), que afastaram a Rússia em 2014, no seguimento da anexação da Crimeia, em 2014.

“Faz muito mais sentido ter a Rússia”, disse Donald Trump em declarações aos jornalistas nesta terça-feira na Casa Branca, acrescentando que “poderia muito bem apoiar” o regresso da Rússia ao G7, que assim passaria novamente ao formato de G8.

Em junho do ano passado, Trump já tinha defendido o regresso da Rússia ao grupo, introduzindo então mais um elemento de tensão nas relações entre os Estados Unidos e estes parceiros, então no auge da guerra comercial.

“Porque é que estamos a ter uma reunião sem a Rússia na reunião”, questionou então o líder norte-americano, acrescentando: “Eles deviam deixar a Rússia voltar porque devíamos ter a Rússia na mesa de negociações”.

A reunião do G7 é um encontro informal dos líderes políticos que acontece todos os anos, desde 1975, com uma presidência rotativa do Canadá, França, Itália, Japão, Alemanha, EUA e Reino Unido, com a presença também da União Europeia, e até 2014, da Rússia.

A reunião deste ano decorre em Biarritz, sudoeste de França, no fim de semana, estando prevista a presença de Trump.

O Grupo dos Sete (G7) é um grupo internacional composto pelos países com economias mais avançadas do mundo, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), os quais representam mais de 64% da riqueza líquida global. Também representam 46% do produto interno bruto (PIB) global avaliado às taxas de câmbio do mercado e 32% da paridade do poder de compra (PPC) global.

Em março de 2014, a Rússia foi expulsa do grupo após ter anexado a Crimeia ao seu território, e assim o grupo passou a ter sete integrantes novamente.

O grupo é muito criticado por um grande número de movimentos sociais, normalmente integrados no movimento antiglobalização, que o acusam de decidir uma grande parte das políticas globais, social e ecologicamente destrutivas, sem legitimidade nem transparência.

ZAP // Lusa

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