Casos de hospitalizações provocadas por vaping aumentam nos EUA

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Dylan Nelson foi o primeiro caso reportado nos hospitais norte-americanos por vaping. Mas há mais casos semelhantes noutros estados, e a sua causa poderá ter sido descoberta.

Quando Dylan Nelson, de 26 anos, foi internado em julho com dificuldades respiratórias, a sua mãe pensou que era algo relacionado com asma. Mas quando chegou ao hospital em Burlington, Wisconsin, o filho não conseguia falar e acabou por ter que ser intubado.

Dylan tinha o nível de oxigénio no sangue em apenas 10%, tendo sido colocado em coma induzido. A enfermeira disse à mãe que já tinha tratado de casos semelhantes e que tinham um denominador comum: todos usavam cigarros eletrónicos.

O Departamento de Serviços de Saúde de Wisconsin confirmou 15 casos de pacientes como Dylan Nelson, que desde julho foram internados em hospitais do Wisconsin com lesões pulmonares graves, e que suspeitam de mais outros 15 casos. O único fator que os pacientes aparentam ter em comum é um historial de vaping.

Seis casos semelhantes foram relatados em Illinois; outros quatro no Minnesota. Agora, o Centro de Doenças e Controlo (CDC) está a trabalhar com os departamentos de saúde destes estados, para descobrir o que causa o chamado “grupo de doenças pulmonares“.

O grupo foi detetado pela primeira vez em Milwaukee, onde oito adolescentes saudáveis foram hospitalizados com lesões pulmonares graves. Entre os sintomas estavam tosse, perda de peso e dificuldades respiratórias significativas. Tal como Dylan Nelson, alguns pacientes tiveram de ser admitidos na unidade de terapia intensiva.

“Quando a equipa estava a tentar compreender melhor o que podia causar estes sintomas, tornou-se aparente que o fator comum era que os pacientes tinham fumado cigarros eletrónicos”, diz Michael Gutzeit, diretor clínico do hospital.

A unidade hospitalar lançou um alerta e pediu aos médicos para estarem atentos a casos semelhantes. A investigação ainda está em andamento e pode revelar outras causas.

Para encontrar ponto comuns, os pacientes foram entrevistados e enviaram alguns cartuchos de vapers — que se acredita contenham óleo de THC (cânhamo). Os resultados da análise ainda não foram tornados públicos.

O CDC confirmou à NPR estar a ajudar os departamentos locais de saúde a “investigar se as doenças estão ligadas a ingredientes específicos ou contaminantes nos dispositivos ou substâncias associadas ao uso de cigarros eletrónicos”.

Michael Gutzeit disse ainda que o Hospital Infantil de Wisconsin continua a receber cerca de um caso novo por semana, e explica que muitos destes pacientes se dirigem ao hospital depois de saber dos casos nas notícias.

Dylan Nelson revelou mais tarde que o seu vaper tinha óleo de THC, de um cartucho que comprou a um amigo por um preço mais barato. “O óleo no cartucho estava diluído; e era cor de urina, não devia ser essa cor, é suposto ser âmbar escuro”, conta.

“A vida é curta”, diz Dylan, para quem o vaping acabou. Agora adverte outros que também tenham vapers a não comprar coisas que não sabem de onde vêm.

DR, ZAP //

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4 Comments

  1. Eu uso e-cigarro faz 7 anos. Vaporiso 100 ml de 10 em 10 dias. Uso nicotina nos líquidos. Tive uma reação alérgica aos solventes dos líquidos da decang faz anos. Mudei de liquido para outro feito na Europa e desde aí sem problemas. Faço desporto e estou em boa forma física. Fui fumador de malboro 26 anos e faz 7 anos agora que não fumo. A minha saúde agradece. O cigarro não nos leva aos cuidados intensivos, apenas mata. Se põe porcaria nos líquidos ou compram o que não devem isso já não tem nada a ver com o intuito de deixar de fumar e passa a ser recreativo. Como qualquer outro comportamento com esse intuito, quem anda a chuva molha-se.

    • Faço das tuas as minhas palavras! Fumei 20 anos e estou há 1 ano c vaper. As diferenças são bem visiveis no respeita à minha saude para muito melhor! Além disso, 2 dezenas de pessoas q sofrem c efeitos adversos de um produto n pode servir p dissuadir milhoes de casos a quem o mm ajudou.

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