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Centeno continua na corrida ao FMI. França desmente Bloomberg

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Miguel A. Lopes / Lusa

O ministro das Finanças, Mário Centeno

A Bloomberg avançou esta segunda-feira que o ministro das Finanças, Mário Centeno, estava já fora da corrida à liderança do Fundo Monetário Internacional (FMI). A França, que está a liderar o processo, já desmentiu a informação.

Após a notícia, que foi também veiculada pelo Finantial Times, as autoridades gaulesas vieram garantir que continuam em jogo cinco nomes como potenciais candidatos à chefia do FMI, entre os quais o do português Mário Centeno.

Citada pelo Jornal de Negócios, a Bloomberg dava conta que Paris tinha posto de parte o nome de Mário Centeno para substituir Christine Lagarde. Também a ministra espanhola das Finanças, Nadia Calviño, tinha saído desta lista, segundo a mesma fonte.

Estariam assim em discussão apenas três nomes: Jeron Dijsselbloem, ex-ministro das Finanças da Holanda e antecessor de Centeno na liderança do Eurogrupo; o atual governador do banco central da Finlândia, o ex-comissário europeu Olli Rehn; e a favorita de Paris ao lugar, Kristalina Georgieva, diretora-executiva do Banco Mundial.

O Governo francês assegura contudo que a primeira ronda de conversações, que está a ser coordenada pelo ministro gaulês das Finanças, Bruno Le Maire, discutiu uma lista com cinco nomes. Paris reafirma que continua a trabalhar com base numa “short list” de cinco nomes, desmentido assim as notícias esta segunda-feira avançadas.

Ainda de acordo com o Executivo de França, Le Maire irá, antes de qualquer decisão, auscultar a opinião dos restantes ministros das Finanças da União Europeia.

Na semana passada, fonte oficial do Governo francês, citada pela agência Reuters, adiantou que Mário Centeno era um dos cinco nomes possíveis para liderar do FMI.

Os Governos da União Europeia estavam divididos quanto à escolha: os países do norte da Europa preferem Dijsselbloem ou Rehn, enquanto os do sul preferem Nadia Calvino ou Mário Centeno, recorda ainda o diário de economia.

Christine Lagarde, que ocupa o cargo desde 2011, deixa funções a 12 de setembro para presidir ao Banco Central Europeu. Desde a sua criação em 1944, o Fundo Monetário Internacional foi sempre liderado por um europeu, enquanto a liderança do Banco Mundial é ocupada por um norte-americano.

Na semana passada, em entrevista à rádio Observador, António Costa admitiu que Mário Centeno é hipótese como diretor-geral do FMI, mas não um objetivo diplomático fixado.

“Os objetivos que temos neste quadro situam-se no âmbito da União Europeia”, frisou, notando que “a hipótese que está em cima da mesa relativamente ao FMI” tem que ser considerada, mas que nem sequer “era um objetivo de vida pessoal” do governante.

ZAP //

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2 Comments

    • Se alguém tinha dúvidas, este “reconhecimento” bem ilustra que apenas seguiu a política do Gaspar. É que esse já lá está. E o FMI (e todos os economistas) sabem que ao nível das receitas nada mudou. Ao nível das despesas, já não se pode dizer o mesmo.

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