Jonas revela que esteve perto de encerrar carreira em 2016. “Não me amputaram o pé por um fio”

José Sena Goulão / Lusa

Pouco mais de duas semanas após ter posto um ponto final na sua carreira de futebolista, Jonas apresenta esta sexta-feira o livro “O Benfica segundo Jonas”.

No seu livro, o antigo jogador passa em revista os cinco anos em que vestiu a camisola dos encarnados, assim como outras partes da sua carreira. O prefácio é de Luís Filipe Vieira, presidente do SL Benfica.

De acordo com o Sapo Desporto, Jonas destaca também aquele que foi “o mais longo e penoso” calvário da carreira: a lesão sofrida no tornozelo direito no jogo da Supertaça da época 2016/17.

Na sequência da fratura no pé direito, o brasileiro contraiu uma infeção que o obrigou a uma nova intervenção cirúrgica que quase o obrigou a terminar a carreira de futebolista.

“Nunca me passou pela cabeça a necessidade de terem de me amputar o pé, mas a verdade é que a hipótese foi colocada em cima da mesa e, mais, esteve por um fio para ser concretizada. Tempos mais tarde, o doutor António Martins confidenciou-me: ‘Caso tivéssemos esperado mais um dia, a infeção podia ter alastrado às cartilagens e, aí sim, seria o fim‘”, escreve Jonas, num trecho divulgado pelo Record.

“Sou grato para a vida à equipa do médico António Martins que, em setembro de 2016, drenou e limpou a infeção no tornozelo”, acrescentou o ex-futebolista.

Depois da intervenção cirúrgica, Jonas enfrentou um longo período de recuperação. “Nas primeiras três semanas do pós-operatório, quase não sai da cama. Clausura total. Tomava antibiótico e descansava. Apenas. Tomei quase 300 cápsulas. E engordei três ou quatro quilos”, revelou, admitindo que “de todo o longo e penoso processo, a parte psicológica foi a mais difícil de gerir”.

O livro “O Benfica segundo Jonas”, da autoria do jornalista Luís Miguel Pereira, será apresentado esta sexta-feira, a partir das 16 horas, no Estádio da Luz.

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