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Estacionamento à porta de casa para famílias numerosas com bebés. Novas regras em Lisboa

Vêm aí novas regras para o estacionamento em Lisboa. A Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa – EMEL vai criar duas novas zonas tarifárias, mais caras do que as existentes atualmente, e abrir a possibilidade para as famílias numerosas com filhos até aos 2 anos terem garantido o estacionamento à porta de casa.

Estas alterações foram apresentadas em conferência de imprensa pelo vereador da Mobilidade, Miguel Gaspar (PS), no âmbito do novo Regulamento Geral de Estacionamento e Paragem na Via Pública, que deverá ser submetido a consulta pública ainda este mês de julho.

O novo regulamento visa sobretudo “melhorar a disponibilidade de estacionamento na via pública para os residentes”, vincou Miguel Gaspar, adiantando que o primeiro dístico de cada agregado passará a ser gratuito. Para os cidadãos que só pedem um dístico também “vai deixar de ser pago”, abrangendo cerca de 50% das famílias.

Por outro lado, “o terceiro dístico vai ficar mais caro” nas zonas de Lisboa onde há “maior pressão de estacionamento” e as famílias numerosas, com três ou mais filhos, em que o mais novo tenha até 2 anos de idade, “vão poder pedir lugar à porta de casa para estacionamento”.

A EMEL vai ainda criar duas novas tarifas, que corresponderão às cores castanha e preta e que custarão dois euros e três euros por hora, respetivamente, até um máximo de duas horas.

Apesar de estas zonas ainda não estarem definidas, Miguel Gaspar avançou que serão implementadas no eixo central, nomeadamente na Avenida Fontes Pereira de Melo e na Avenida da Liberdade.

Atualmente, existem três tarifários, sendo que a cor verde custa 80 cêntimos por hora, a amarela tem um custo de 1,20 euros e a vermelha 1,60 euros por hora.

Algumas destas medidas serão implementadas ainda este ano e outras apenas no primeiro semestre do próximo ano.

“A nossa ambição é que exista um lugar disponível em cada quarteirão para estacionar, porque isso reduz a poluição que se gera à procura de estacionamento e reduz o congestionamento”, aponta o vereador citado pelo Eco.

Para beneficiar os residentes sem carro e que utilizem carros serviços de carros partilhados, a autarquia prevê ainda garantir que possam “estacionar junto de casa”, segundo Miguel Gaspar que salienta que, assim, “deixa de haver uma discriminação negativa para as pessoas que usam menos o carro em Lisboa”.

ZAP // Lusa

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