A maioria das universidades portuguesas não está a aceitar candidaturas para Erasmus no Reino Unido com data posterior a 31 de outubro deste ano, data acordada para o país deixar a União Europeia.
A notícia é avançada esta segunda-feira pelo Jornal de Notícias na sua edição impressa, que relembra que o programa Erasmus é financiado pela Comissão Europeia.
Caso o “Brexit” se confirme, serão suspensos os financiamentos tal como os protocolos de cooperação académica. Há apenas um plano de contingência para suportar a conclusão dos estudos dos alunos que, na altura, ainda estejam no Reino Unido.
Ao matutino, fonte da Universidade do Porto revelou que “para programas depois de 31 de outubro, aceitam as candidaturas mas não é garantido que possa ser feito Erasmus”.
Informação semelhante avançou a pró-reitora para a internacionalização da Universidade do Minho, Carla Martins, ao mesmo diário.
Em fevereiro deste ano, a Agência Nacional Erasmus+ comunicou à academia minhota que “apenas os períodos de intercâmbio iniciados até 29 de março de 2019 teriam enquadramento no âmbito do programa Erasmus+”.
Em abril passado, os líderes europeus dos 27 países da União Europeia chegaram a um acordo para a nova data de adiamento do Brexit. A data acordada foi 31 de outubro.
Esta data é o meio termo entre o pedido por Theresa May (30 de junho de 2019) e o desejado pela maioria dos países do Conselho Europeu (março de 2020). A data de 31 de outubro proposta pela UE a 27 deve-se ainda ao facto de a futura Comissão Europeia entrar em funções em 1 de novembro.