/

Governo suspende fecho de urgências de obstetrícia em Lisboa durante o verão

1

Para evitar o encerramento rotativo das urgências de obstetrícia em quatro maternidades de Lisboa durante o verão, o Governo vai contratar especialistas para lidar com a falta de pessoal.

A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) garantiu a contratação de anestesistas, pediatras e obstetras para evitar o fecho rotativo das urgências de obstetrícia em maternidades lisboetas durante o verão.

“Não vai haver [um sistema rotativo]. Nós tínhamos dito que essa era uma hipótese que estava em cima da mesa. A decisão não tinha sido tomada, também o dissemos reiteradamente”, disse Luís Pisco, presidente do conselho diretivo da ARSLVT, aos jornalistas.

“Chegámos à conclusão que seria preferível não o fazer e arranjar uma outra solução”, afirmou Luís Pisco. O mesmo anunciou que as escalas do mês de julho já estavam asseguradas e que iria haver um reforço externo do pessoal para estes serviços.

“Adicionalmente, as direções clínicas e direções de serviço de urgência das cinco unidades de saúde vão articular semanalmente a necessária afetação de recursos, para que, em cada momento, se possam antecipar eventuais fragilidades decorrentes deste período”, esclarece a ARSLVT em comunicado, citado pelo Público.

O presidente do Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos espera que a solução encontrada não seja um remendo e que realmente seja eficaz.

“Tenho muita confiança na ARS e nos diretores das Maternidades que têm estado em permanente contacto para tentar resolver o problema e espero que a solução seja eficaz. O mês de julho não é o pior, o mês de agosto está à porta e quando tivermos as escalas garantidas e os profissionais satisfeitos, certamente a população estará protegida e devidamente acautelada a segurança”, disse Alexandre Lourenço, citado pela TSF.

O presidente regional da Ordem dos Médicos alertou ainda que cada vez mais os quadros estão a trabalhar nos serviços de urgência, em vez de fazerem o seu trabalho de rotina. “As cirurgias de rotina deixaram de se realizar, e por isso tinham pessoas em lista de espera e essa lista ia-se agravar”, acrescentou.

Esta solução ao problema surge após a promessa do Ministério da Saúde de que não previam “o encerramento de qualquer maternidade por nenhum período temporal”. A falta de obstetras e anestesistas nesta zona do país comprometia o funcionamento total das maternidades, algumas delas que recebiam grávidas consideradas de alto risco.

ZAP //

1 Comment

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.