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O Bosão de Higgs, a estranha partícula que rendeu um Nobel, celebra sete anos

azure_radiation / Flickr

Detalhe do LHC, Large Hadron Collider, acelerador de partículas do CERN

O Bosão de Higgs, também celebrizado como “A Partícula de Deus”, assinala esta quinta-feira, 4 de julho, o sétimo aniversário do anúncio da sua descoberta, noticia a agência de notícias Europa Press.

Esta estranha partícula, que rendeu o Nobel da Física em 2013, é a partícula elementar proposta no Modelo Padrão de partículas que confere massa à matéria no Universo. Na prática, era a peça-chave que faltava encaixar no modelo.

Batizada em homenagem a Peter Higgs, o físico britânico que, juntamente com outros cientistas, propôs em 1964 o mecanismo de Higgs para explicar a origem da massa das partículas subatómicas no Cosmos. Quase meio século depois, Higgs e François Englert receberam o Prémio Nobel de Física pelo seu trabalho.

Em 2012, o CERN (Laboratório Europeu de Física de Partículas) anunciou a observação de uma nova partícula no Grande Colisionador de Hadrões (LHC), cujas características eram consistentes com o tão procurado Bosão de Higgs.

Apesar de a observação precisar de mais tempo e dados antes da sua confirmação oficial, a revista científica Science considerou-a a maior descoberta de 2012.

Um ano depois, a 14 de março de 2013, com o dobro dos dados, os cientistas do CERN foram capazes de determinar a forma pela qual a nova partícula interage com outras partículas e as suas propriedades quânticas e, juntamente com as interações medidas com outras partículas, indicaram fortemente que se tratava do Bosão de Higgs.

Pelo seu 10.º aniversário, o CERN rotulou o Bosão de Higgs como a maior herança do LHC. “Foi a maior descoberta da Física dos últimos anos, a maior herança do LHC”, explicou, o diretor do CERN, Frédérick Bordry, em declarações à agência Lusa em de 2018.

De acordo com o CERN, as conexões de Higgs com muitos dos mistérios atuais mais profundos da física significam que o Higgs permanecerá um foco de atividades para os experimentalistas e teóricos no futuro previsível.

Apesar do grande avanço para a Física de Partículas, emergiram outras questões. Resta saber se o Bosão de Higgs é realmente a partícula prevista pelo Modelo Padrão ou se é o mais leve bosão previsto noutras teorias que vão para lá do modelo.

Segundo o CERN, esta partícula elementar, que está ainda na sua “infância”, continuar a ter várias conexões com muitos dos mistérios da Física. Pelo sétimo aniversário da sua confirmação, há uma coisa que é certa: “A Partícula de Deus” continuará a ser o foco de várias investigações teóricas e científicas no futuro próximo.

É a Física de Partículas que sai a ganhar.

SA, ZAP // Europa Press

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