A ex-ministra da Justiça Paula Teixeira da Cruz acusa este domingo o líder social-democrata, Rui Rio, de se comportar como um ditador. “Não me inscrevi num partido estalinista, não tenho feitio para isso”, diz ao CM a deputada do PSD.
Em entrevista ao Correio da Manhã, a antiga ministra da Justiça no governo de Pedro Passos Coelho acusa este domingo o líder do PSD, Rui Rio, de se comportar como um ditador. “Não me inscrevi num partido estalinista, não tenho feitio para isso”.
Na mesma entrevista, Paula Teixeira da Cruz acusa o presidente do partido de querer “controlar a justiça e a comunicação social”, e contesta a liderança de Rio, que diz exigir “uma cega e leal obediência à direcção“.
“Nunca poderia colaborar com uma direcção que quer controlar a Justiça e a comunicação social”, diz ao CM a antiga vice-presidente do PSD, que se opõe a propostas do próprio partido que, sustenta, que “vão retirar a independência dos magistrados do Ministério Público, subordinando-os ao poder político”.
Paula Teixeira da Cruz conclui a entrevista ao diário lamentando que o PSD tenha “apenas um presidente, mas não um líder como Passos Coelho, que aceitava as diferenças e não as sancionava”.
A ainda deputada do PSD, que já tinha anunciado que não se iria recandidatar a novo mandato de deputada após as próximas legislativas, vai abandonar o parlamento e regressar a tempo inteiro à sua actividade profissional.
A advogada desde 1992 e antiga docente na Faculdade de Direito da Universidade Livre de Lisboa,de 59 anos, chegou à vice-presidência do PSD em 2005 na Comissão Política liderada por Luís Marques Mendes — da qual se demitiu em 2006. Regressou à vice-presidência entre 2012 e 2014, com Pedro Passos Coelho.
A ex-ministra da Justiça no XIX Governo Constitucional é um dos nomes sonantes do PSD que vai abandonar a bancada social-democrata após as legislativas de 6 de Outubro. No início do ano, o antigo ministro da Justiça e da Defesa José Pedro Aguiar-Branco e o antigo secretário de estado Luís Campos Ferreira abandonaram o grupo parlamentar.
A semana passada, foi a vez de Teresa Morais, anunciar a sua saída. A antiga ministra da Cultura de Passos Coelho, acusa Rui Rio de estar “a definhar” o partido, tornando-o num partido de “amigos e acólitos subservientes”.
“Eu não quero ter rigorosamente nada em comum com quem está a definhar o meu partido, a excluir em vez de acrescentar, a tornar o PSD ‘maneirinho e homogéneo’. O partido mediano e ideologicamente puro, onde só cabem amigos e acólitos subservientes, não é o meu PSD”, afirmou Teresa Morais no seu perfil no Facebook.
Ha muito que chamo o Rui Rio de comunista, parece que tem mais propostas estalinistas não me admira
I
O homem até é muito conservador.
Qq dia quem nao for do agrado é comuna….
“vão retirar a independência dos magistrados do Ministério Público, subordinando-os ao poder político”
Se isto for verdade, é gravíssimo pois, a separação de poderes é uma pedra angular do estado de direito. Isto não tem nada a ver com esquerdas e direitas… Tem a ver com inconstitucionalidade.
Como só metem os comentários que vos agradam resolvi remover a minha subscrição. Não alinho com vendidos.