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Também há moedas de 1 cêntimo a valer milhares de euros. Foi um erro de gravação

Além das moedas de dois euros há também moedas de 1 cêntimo a valer milhares. Neste caso, o valor não se prende com o facto de serem moedas comemorativas ou de edição limitada, mas sim com um erro de gravação.

O caso tem 15 anos. Aconteceu no ano de 2002, quando a Casa da Moeda italiana começou a emitir moedas de 1 cêntimo do mesmo tamanho que as moedas de 2 cêntimos – ou seja, com um diâmetro ligeiramente maior. Uma das faces destas moedas (de 1 cêntimo, mas com o diâmetro das de 2) está correto, mas a outra – que deveria ter a gravura em relevo do Castel del Monte, de Andria – representa a Mole Antonelliana, de Turim.

O Ministério Público de Itália levou a cabo uma investigação e verificou que um trabalhador tinha, propositadamente, introduzido a base das moedas de dois cêntimos nos kits de um cêntimo, com o objetivo de lucrar com isso no mercado dos colecionadores. Uma parte das moedas foi recolhida, mas ainda existem exemplares em circulação.

Uma destas moedas foi arrematada por 6.600 euros num leilão em Itália, em 2013. O valor justifica-se pela singularidade da moeda, que é considerada uma obra-prima no mercado dos colecionadores.

Além destas moedas, há moedas de dois euros avaliadas até 50 vezes o seu valor. São moedas comemorativas e de edição limitada. Ainda assim, foram cunhadas cerca de vinte mil exemplares, o que quer dizer que algumas ainda andam em circulação.

As moedas comemorativas têm curso legal no conjunto da área do euro, podendo – e devendo – ser aceites como qualquer outra moeda de euro. A maioria comemora o aniversário de acontecimentos históricos ou assinala eventos atuais de relevância histórica. A primeira moeda comemorativa de dois euros foi emitida pela Grécia, por ocasião dos Jogos Olímpicos de Atenas em 2004.

As mais valiosas, a valer mais de 2.000 euros, marcam o 25.º aniversário da morte da princesa Grace Kelly do Mónaco.

O valor real é subjetivo, quanto menor for a sua cunhagem mais vale a moeda, ou então porque colecionadores ou especialistas acreditam no seu valor histórico e singularidade.

ZAP //

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