A Guerra Colonial, que se prolongou entre 1961 e 1974, custou 21,7 mil milhões de euros ao Estado português. Os custos com a I Guerra Mundial foram de 4,8 mil milhões.
Um estudo levado a cabo por Ricardo Ferraz para o Ministério da Economia e publicado, este mês, no site da EconPapers mostra quanto é que o Estado português gastou durante a I Guerra Mundial e durante a Guerra Colonial. Os resultados demonstram que, tendo em conta a inflação atual, Portugal gastou um total 26,5 mil milhões de euros.
O estudo intitulado “Grande Guerra e Guerra Colonial: quanto custaram aos cofres portugueses” constata que só com a Guerra Colonial os portugueses gastaram 21,7 mil milhões de euros. Segundo o Correio da Manhã, a principal contribuição para o esforço de guerra veio dos Encargos Gerais da Nação, do Ministério do Exército, Marinha e Obras Públicas.
Apesar da maior dimensão da I Guerra Mundial, Portugal desempenhou um papel menos importante. Dado esse facto, o Estado português gastou relativamente menos: 4,8 mil milhões de euros.
“Ao se disponibilizarem pela primeira vez valores concretos sobre os custos dos dois principais conflitos militares em que Portugal se envolveu no século XX, espera-se oferecer um valioso contributo à História Contemporânea de Portugal e estimular outros trabalhos de investigação sobre estes temas”, pode ler-se no estudo.
Os gastos totais com estes conflitos bélicos representam cerca de 13% do PIB português no ano passado. Além disso, a despesa é superior a quatro vezes o valor do Orçamento de Estado para a Educação em 2019.
Ou seja, ficou mais caro ajudar os bancos que conduzir uma guerra em vários continentes!
Boa resposta!
n foi boa porque estes 13% é em relaçao ao pib actual que era bem menor em 1975 por isso os 13 seriam bem maiores
e mesmo assim os orçamentos de estado estavam equilibrados… é fartar vilanagem (como diria D. Pedro) com a roubalheira e má gestão actuais
Está-se a esquecer que naquela época havia apenas 3 universidades, só havia liceus nas capitais de distrito, e praticamente não havia hospitais dignos desse nome. A rede de auto-estradas tinha apenas 32 km de extensão.
O orçamento de estado estava equilibrado, pela simples razão de que o estado pouco ou nada fazia. E escusa de vir com o argumento de que se vivia bem, porque não se vivia bem. A maioria da população era analfabeta e vivia na miséria. E quando falo de miséria, é mesmo de miséria que se trata.
Bem lembrado. Haja alguém que ajude a acabar com algumas “verdades instaladas” como o pseudo-equilíbrio das contas portuguesas do Estado Novo. A verdade é que o país atrasou-se ainda mais em relação à Europa em reconstrução, não investiu, não se abriu, não se permitiu a criatividade, cultivou-se a pobreza envergonhada, o miserabilismo, a humildade servil, a manutenção do “Status quo”, a proteção e incentivo a uma elite privilegiada (que até fazia “casinhas e creches” para os seus trabalhadores agradecidos…) (E nem sou de esquerda, vejam lá).
Exactamente!
Não evoluiu na chamada metrópole, eu em Moçambique tirei carta de mota no dia em que fiz 14 anos, bebia coca cola e usava levis… a minha mãe era enfermeira e foi criada num colégios de órfãos e o meu pai trabalhou num banco, classe média vivia muitíssimo melhor do que cá, eu estive cá em 1966 e realmente a pobreza era visível. Agora é escondida… provavelmente devido à influência da África do Sul as mentes eram bem mais abertas…na África do Sul na altura foi só o primeiro pais onde se fez um transplante do coração…
O 25 A foi feito pelos capitães melicianos, por causa do “taxo” não por convicção política…os militares foram é enrolados pelos políticos…
E o que tem isso a ver com os comentários anteriores?!
Realmente Moçambique estava muito “evolvido” – mas era para meia-dúzia de famílias, porque 99% da população moçambicana nunca viu evolução nenhuma; antes pelo contrário!…
99% deve ser o prisma de quem nunca lá esteve, como o que queriam por no panteão, nunca lá foi, mas foi negiciar a independência á Tanzânia…
A minha mãe era moçambicana eu também, grande parte dos meus amigos, indianos, chineses, africanos eram todos moçambicanos já deviamos ser 10%…
Tem razão e a prova é que, em 1974, 97% da população era analfabeta. Ainda agora, apenas 40% usa o português para comunicar.
Não, é apenas o prisma de quem sabe do que fala!
Eram 10%, eram… como eu referi antes, eram “meia-dúzia” de famílias brancas com tudo e todos à sua disposição (e que queriam que a Metrópole continuasse a mandar desgraçados para os defender)!…
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“Em 1960, a população branca era de 97 268 pessoas.
Em 1975 viviam em Moçambique cerca de 200 000 os portugueses, na sua maioria ligados funcionalismo público, empresas portuguesas e internacionais, mas também à agricultura e pequeno comércio. A comunidade indiana, em 1975, ligada ao comércio calcula-se que fossem entre 20 000 e 30 000 habitantes.
Por alturas da independência existia uma pequena comunidade chinesa de cerca de 4 000 pessoas, concentrada em Maputo e na Beira, dedicando-se sobretudo ao pequeno comércio.
Os negros constituíam cerca de 98% da população. Os mestiços seriam cerca de 0,5% do total”
pt.wikipedia.org/wiki/Demografia_de_Moçambique
Também quando morriam 1000 as notícias em Portugal diziam que eram 100, aliás continua a ser assim… nas recentes cheias não se sabe quantos morreram só se sabe dos que foram enterrados oficialmente…
No 7 de setembro e 21 de outubro ( para quem lá esteve sabe do que me refiro, os outros vão ver á Wikipédia…) muitos corpos foram enterrados em vala comuns porque a capacidade da morgue, corredores do hospital esgotaram. Nunca foram devidamente contabilizados os mortos, não convinha…
deve ser por isso que 54% das tropas que lutavam pela bandeira portuguesa em Moçambique eram soldados negros! Falam do que não sabem..a maioria são os tais metropolitanos invejosos! Viu-se na reforma agrária que nem queriam trabalhar, apenas tirar o que os outros tinham. Povo de invejosos
Gostaria que me disse se o que Portugal tem hoje.
Polícia 0
Agricultura 0
Mais um ignorante que nada conhece sobre Portugal!…
E não havia comparticipação de medicamentos. Para os liceus iam os riquinhos que poderiam ingressar nas universidades. Os outros, no máximo,só podiam aspirar às escolas comerciais e industriais. Estas eram muito boas, sim, mas não permitiam continuar para o ensino superior porque só davam o equivalente ao 5° ano (atual 9°).
Está a esquecer-se que praticamente todos os hospitais distritais foram construidos ou projectados antes do 25 de abril….Em 1974 havia 22% de população analfabeta. O estado diz voce não fazia nada….so resta saber quem fez as escolas, hospitais, serviços públicos, bairros de renda económica um sem fim de pontes e barragens, portos e aeroportos, electrificação da provincia
Mesmo assim o Dr. Salazar não deixou o país na banca rota e deixou os cofres atestados de ouro que infelizmente já evaporou parte dele sem que o povo tenha até hoje visto grande benefício e sabemos que apesar de pequeninos como país estamos nos lugares cimeiros como dos mais endividados dos países o que é bastante preocupante.
“sem que o povo tenha até hoje visto grande benefício”
Aconselho-o a ler (porque mais não pode fazer) sobre as condições de vida durante o Estado Novo e as actuais condições de vida da população portuguesa.
Eu tenho mais anos do século passado do que do actual e vivi bastantes anos sob o regime Salazarista, não foi bom, não! Porque aconteceu poucos se arriscam a relatá-lo até porque possivelmente por razões ideológicas não lhes agrada fazê-lo, a verdade é que se a monarquia já de si não ia bem a República acabou por cair nas mãos de incompetentes que puseram o país de rastos, o Salazar veio restabelecer o país economicamente, pena foi não se ter aberto mais ao mundo e nessa altura ter conduzido a politica ultramarina de forma diferente onde salvaguardasse o interesse de todos, tarefa que foi dificultada também com interferência sobretudo da ex-URSS, comparar esse tempo onde toda a Europa sofreu e de que maneira com duas guerras com o actual é pura utopia, ganhamos em poder económico por vezes ilusório para muitos mas perdemos em valores morais.
Ignorância ou ironia?!
Realmente custou menos a guerra do que salvar os banqueiros…mas em quanto contribuiram as colonias para pagar a guerra…? E como explicam que tanta gente com douradas em cima dos ombros ficou rica com a guerra… o zé soldado que deu o corpo às balas é que ficou estropiado, ferido e traumatizado e agora é tratado como se fosse culpado por ter sido obrigado a ir á guerra…
E esses tais dos galões dourados foram os que protagonizaram a revolta do 25 de Abril porque ainda queriam mais!
Mais ignorância… continua a disparatar que alguma vez hás-de acertar!…
Entre um ignorante e um esperto que se recusa a aceitar a realidade qual deles será o mais estúpido?
Os dois!
Mas mau mesmo é quando alguém tem essas duas características em conjunto!…
O que deve ser o teu caso talvez por efeito do fim de semana o que parece provocar-te uma instabilidade habitual e emocional.
Se tu o dizes….
98% da população local subjugada por meia dúzia de gatos brancos que chegaram numas caravelas, mataram, chacinaram e colocaram uns padrões para dizerem que aqueles territórios eram seus! A que propósito? E mais tarde, o sr. Esteves entendeu que, apesar das populações locais reclamarem a merecida e justa independência, iria encetar uma guerra para manter o império colonial. Claro que essa megalónoma ideia custou uma pipa de massa e milhares de vidas jovens a Portugal. Que importa isso a quem defende o dito senhor? Se calhar não lhe morreu ninguém da família lá!
e hoje vivem nas fronteiras feitas por e para Portugal…e 50 anos depois das promessas são todos países pobres e atrasados minados de corrupção e vergonhas. Que grande libertação
Que populações locais reclamavam independencia?? FRELIMO nem 6% dos ,moçambocanos representavam (dito por otelo saraiva de carvalho)…Foram entregues a ditaduras comunistas sem nenhuma consulta popular, sem nenhuma abordagem democrática e ainda tiveram a lata de apregoar que foi uma “descolonização exemplar” Trágico..não admira que Portugal esteja como está e com 3 resgates financeiros em apenas 33 anos!
Fica-se com a sensação de que não vale a pena fazer comentários com pés e cabeça. O moderador deste site tem critérios que devem obedecer apenas às suas variações de humor e não ao anunciado “estatuto editorial do ZAP”. Quando se pesquisa um bocado e se apresenta resultados, não sai. Trabalho infrutífero. Enfim… O que é bom é dizer coisas sem nexo. Devem dar mais cliques.