O tribunal condenou esta sexta-feira a penas efetivas de prisão entre cinco anos e quatro meses e cinco anos e meio os três ex-seguranças acusados de tentativa de homicídio de dois homens junto à discoteca Urban Beach, em Lisboa, em 2017.
Os arguidos, com 31, 38 e 40 anos, ex-funcionários da empresa de segurança privada que à data dos factos prestava serviço de segurança na discoteca, estão acusados pelo Ministério Público de homicídio qualificado na forma tentada.
Em causa estão agressões violentas a dois jovens, que ocorreram a 1 de novembro de 2017, junto à discoteca Urban Beach, no Cais da Viscondessa.
Segundo escreve o jornal Público, os ex-seguranças terão ainda de pagar indemnizações às vítimas entre 12.750 e 7.500 mil euros.
“Ficou provado que os arguidos agrediram as vítimas admitindo a possibilidade de as matar pelo mero prazer de ver o sofrimento”, sustentou a juíza, citada pelo diário, sublinhando que cada um dos arguidos cometeu um crime de homicídio qualificado na forma tentada à luz do dia e contra pessoas que não reagiam.
A presidente do coletivo de juízes, Catarina Pires, sustentou que, em julgamento, ficaram provados, na generalidade, os factos descritos na acusação do Ministério Público.
Catarina Pires considerou que os arguidos “não manifestaram arrependimento e demonstraram fraco juízo crítico” face aos factos em causa, tendo em conta a “atuação criminosa provada” adotada pelos ex-seguranças, e que é visível num vídeo das agressões colocado a circular nas redes sociais.
“O tribunal ficou convicto da veracidade das declarações prestadas pelos assistentes [as duas vítimas], pelas testemunhas que assistiram aos factos, e não fez fé nas declarações prestadas pelos senhores arguidos nem pelas testemunhas que aqui relataram uma versão dos factos que se afastou daquilo que realmente se passou”, explicou a presidente do coletivo de juízes.
ZAP // Lusa