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Adeptos ingleses causam desacatos no Porto. PSP obrigada a intervir

Dois adeptos ingleses foram detidos depois de agredirem elementos da PSP no Porto, que tentavam por fim a conflitos que estavam a ocorrer na Praça da Liberdade, disse à agência Lusa fonte policial.

“Ocorreu uma desordem entre adeptos ingleses e alguns portugueses, registaram-se agressões e a PSP foi obrigada a intervir. Quando ocorreu a intervenção, os adeptos ingleses viraram-se contra a polícia e agrediram mesmo dois agentes”, disse Alexandre Coimbra, porta-voz da PSP.

Segundo a mesma fonte, a PSP deteve dois adeptos ingleses que agrediram os agentes policiais, que sofreram ferimentos ligeiros, e identificou um terceiro elemento.

O caso ocorreu pelas 20h20, na Praça da Liberdade, no Porto, durante o jogo da seleção portuguesa frente à Suíça, em partida das meias-finais da Liga das Nações, que terminou com a vitória de Portugal por 3-1, com um hat-trick de Cristiano Ronaldo.

Os adeptos ingleses, alguns deles visivelmente embriagados de acordo com o Jornal de Notícias, outros com foguetes, concentraram-se na Praça da Liberdade, na zona onde foi montado um ecrã gigante que permitirá acompanhar os jogos da Liga das Nações.

Na quinta-feira, Holanda e Inglaterra vão disputar a outra meia-final da competição, com jogo agendado para as 19h45, no estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães.

Liga das Nações obriga agentes a semana de 90 horas

A Liga das Nações em futebol obriga agentes da PSP a semana de mais de 90 horas. A denúncia é da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), que acusa o Governo de esquecer os agentes, na preparação da segurança da prova.

À Rádio Renascença, o sindicalista Paulo Rodrigues defende que os profissionais não estão a ser respeitados. Paulo Rodrigues concorda com o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita: é preciso ir mais longe na formação dos polícias.

“Esta semana em que há Taça das Nações, estamos a falar de um evento que já se sabe que se vai realizar em Portugal há cerca de um ano e não houve a capacidade do Governo encontrar formas de não deixar que a grande maioria dos polícia da zona norte trabalhe mais de 90 horas durante esta semana e, ainda por cima, nem sequer ter pensado numa compensação para esses profissionais que vão trabalhar todos os dias, de segunda a sexta, e não foi considerado sequer uma pequena compensação já que vão trabalhar tantas horas”, afirma o sindicalista.

O presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia defende a necessidade de mais condições para um melhor trabalho dos agentes da PSP.

A formação nunca é demais, no entanto, não podemos esquecer que muitas vezes a intervenção que não vai ao encontro daquilo que se pretendia, não é por responsabilidade dos polícias, mas sim, como diz também a Inspeção-Geral da Administração Interna, por falta de efetivos, por falta de enquadramento hierárquico, por falta de condições de trabalho. É preciso é repensar a organização da PSP e o modelo que existe atualmente”, defende Paulo Rodrigues.

ZAP // Lusa

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