O Banco Central da Estónia, que completou em maio 100 anos desde a sua função, só tem um lingote de ouro e nem sequer o pode vender, uma vez que o material não é suficientemente puro para ser comercializado nos mercados financeiros.
Mais do que uma peça à disposição da economia da Estónia, observa a Russia Today, este lingote é uma peça simbólica que pode até vir a enriquecer um museu.
Fabio Filipozzi, chefe do Departamento de Mercados Financeiros do Banco Central da Estónia, explicou num programa televisivo que o lingote pesa 11 quilogramas e tem 97 anos, ou seja, é três anos mais novo do que o próprio banco.
No total, a Estónia tem 256 quilogramas de ouro, mas todos estes – à exceção do lingote simbólico – estão armazenados no exterior, principalmente na cidade norte-americana de Nova Iorque. Esta é já uma prática antiga, que remonta aos anos anteriores à II Guerra Mundial, quando o Governo da Estónia decidiu guardar o ouro por razões de segurança.
As escassas reservas devem-se ao facto de o país, durante os anos e já depois de ter recuperado a independência da União Soviética, ter vendido parte da suas reservas, investindo depois 660 milhões de euros noutros ativos financeiros, como títulos e ações, precisou o responsável do Banco Central.
Na Europa, e segundo dados do portal especializado Trading Economics, o país báltico é o segundo país com menos reservas de ouro, sendo apenas ultrapassado por Malta. No topo da tabela está a Alemanha, seguida pela Itália, França, Rússia e Suíça. Portugal surge na oitava posição deste ranking, antes do Reino Unido, Espanha e Áustria.