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Pedro Marques “calmíssimo” acusa Rangel de fazer “política rasteira”

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Miguel A. Lopes / Lusa

Costa, Matos Fernandes e Vieira da Silva marcaram presença num jantar-comício em que Pedro Marques acusou Paulo Rangel de fazer “política rasteira”.

O Governo marcou presença em peso no mega-jantar comício de Pedro Marques, em Almeirim, para transmitir uma mensagem ao país: o que o PS fez em Portugal, dizem, é possível replicar na Europa; “e dar força ao PS, é dar força a Portugal”, afirmou António Costa esta quarta-feira.

João Pedro Matos Fernandes elogiou a “excelente lista” do Partido Socialista e ressaltou as qualidades de Pedro Marques. Num tom provocatório, deixou escapar um ataque a Assunção Cristas, de quem “ninguém se lembra como ministra do Ambiente”, nem sequer “os funcionários” do Ministério, tal o vazio de obra.

Perante 800 pessoas, Pedro Marques fez um discurso que demorou mais de dez minutos para dizer aquilo que já havia dito antes: “Vamos mobilizar as pessoas para aquilo que é mais importante e não para a política rasteira“, atirou, com o objetivo de ferir o cabeça-de-lista social-democrata, Paulo Rangel.

Segundo o socialista, o PSD tem demonstrado “falta de paciência para falar com pessoas” e não faz mais nada a “não ser dizer mal de tudo o que mexe” e “sobrevoar” a dor das pessoas. “É muito mau para ser verdade”, disse Marques.

Repetindo três vezes a mesma frase, Marques sublinhou que a sua campanha “tem corrido bem, muito bem” e centrou o seu discurso para a questão das alterações climáticas. Segundo o Expresso, o cabeça-de-lista do PS apontou dois caminhos: maior eficiência energética e uma aposta mais decidida na mobilidade verde.

O cabeça-de-lista europeu do PS acusou a direita de ter “um problema” na área das alterações climáticas e afirmou que tem “toda uma campanha” para explicar porque votou contra a medida dos passes sociais. “A direita provocou ruído durante semanas porque nunca quis explicar porque é que votou contra a medida dos passes sociais.”

No seguimento do discurso, Marques acabou por fazer referência à redução do preço dos passes sociais, “uma das maiores medidas para a descarbonização que algum Governo tomou nos últimos anos”.

A noite foi encerrada por António Costa que, em tom de adeus, deixou três mensagens: votar no PS é dar força ao projeto europeu, é dar força a Portugal e é dar força ao Governo, para que os socialistas continuem a mostrar que é possível “fazer diferente”, quer no plano nacional, quer no plano europeu.

“O Pedro Marques está calmíssimo”, diz o próprio

Também esta quarta-feira, antes do mega-jantar, Pedro Marques considerou que a campanha do PSD tem revelado “falta de elevação” e sugeriu ao partido que mude de estratégia, dizendo que pela sua parte está “calmíssimo”.

As críticas eram sobretudo dirigidas ao cabeça-de-lista do PSD, e aconteceram no final de uma visita à fábrica de drones da “Tekever”, no concelho de Ponte de Sor, distrito de Portalegre.

Tem faltado muita elevação à candidatura do PSD deste que começou esta campanha eleitoral. Tem-lhes faltado manifestamente paciência para falar com as pessoas e até paciência para falar com os jornalistas, ao que parece”, acusou.

Em relação ao facto de Rangel ter sobrevoado de helicóptero a parte da zona de pinhal do interior dos distritos de Coimbra e de Leiria, Pedro Marques disse que “num certo sentido, como disse o autarca [social-democrata] de Pampilhosa da Serra, foi uma afronta às pessoas”.

Neste momento, “se é possível dizer isso, o PSD deve arrepiar caminho, deve mudar esta estratégia de campanha de dizer mal de tudo o que mexe, falando nas propostas que tem ou não tem para a Europa”.

“É preciso respeitar as pessoas, em particular aquelas pessoas da região centro. Desde que começou a campanha tem sido o PSD sempre a dizer mal de coisas – e não se passa disso”, comentou Pedro Marques.

Questionado sobre se está nervoso nesta reta final de campanha, Pedro Marques disse que “o Pedro Marques está calmíssimo e está empenhadíssimo em falar com as pessoas, explicando as suas propostas para a Europa”.

“Não foi a campanha do PS que escolheu andar a sobrevoar a região Centro em vez de falar com as pessoas afetadas pelos incêndios. Essa pergunta parece-me até descabida, se vem assim dessa candidatura da oposição”, respondeu.

ZAP // Lusa

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