Pelo menos 12 alpinistas morreram esta sexta-feira numa avalanche no Monte Evereste, tornando este o acidente mais mortal da história do montanhismo moderno na mais alta montanha do mundo.
No seu último balanço oficial, as autoridades nepalesas, citadas pela agência France Presse, davam conta de 9 nepaleses mortos, mas um elemento da Associação de Salvamento dos Himalaias contabilizou 12 corpos resgatados. Todas as vítimas são guias sherpa.
O mesmo responsável declarou que é ainda esperado que sejam recuperados outros corpos de vítimas da avalanche. Foram resgatados com vida 5 alpinistas.
O acidente ocorreu quando, a 6.000m de altitude, um grupo de mais de 50 alpinistas, a maior parte dos quais sherpas do Nepal, foi atingido por uma avalanche.
Antes deste, o acidente mais mortal no Monte Evereste tinha sido em 1996, quando oito pessoas morreram numa expedição.
Mais de 300 pessoas morreram já no Evereste desde a primeira subida com sucesso ao pico mais alto do mundo, concretizada por Sir Edmund Hillary e Tenzing Norgay em 1953.
O monte Evereste (ou Everest) é a mais alta montanha da Terra, com 8.844 m de altura. Está localizado na cordilheira dos Himalaias, na fronteira entre a República Popular da China (Tibete) e o Nepal.
Em nepalês, o pico é chamado de Sagarmatha (rosto do céu), e em tibetano Chomolangma ou Qomolangma (mãe do universo).
O Everest foi assim baptizado por Sir Andrew Scott Waugh, o governador-geral da Índia colonial britânica, em homenagem a seu predecessor, Sir George Everest.
Radhanath Sikdar, um matemático e topógrafo indiano de Bengala, foi o primeiro a identificar o Everest como a montanha mais alta do globo, de acordo com seus cálculos trigonométricos em 1852.
Alguns indianos pensam por isso que o pico se deveria chamar Sikdar, e não Everest.
ZAP / Lusa