Em 30 anos, mais de um terço dos consumidores terá mais de 65

Dentro de 30 anos, a população sénior, com mais de 65 anos, vai representar 35% dos consumidores portugueses. Os seniores têm mais rendimento disponível e gastam mais do que os millennials.

O estudo feito pela Kantar para a Centromarca mostra que o segmento sénior, com mais de 65 anos, poderá vir a ser mais importante do que os millennials — pessoas que nasceram entre o início dos anos 80 e o fim dos anos 90.

Em Portugal, os seniores representam atualmente 22% dos consumidores nacionais e, daqui a 30 anos, podem ser cerca de 35%. O estudo revela que a população sénior é “maior agente de mudança” em comparação com os mais jovens. Para além de terem um rendimento maior, gastam mais.

Os seniores são o público-alvo que mais viu evoluir o rendimento, tendo superado o target entre os 18 e os 24 anos”, afirma Marta Santos, diretora da Kantar Worldpanel. Muitas empresas têm focado a sua atenção nos chamados millennials, mas este estudo pode mudar a perspetiva das marcas na sua abordagem ao público.

De acordo com o Diário de Notícias, o número de reformados tem vindo a aumentar nos últimos dez anos, passando de 12,4% para 19%. Em contrapartida, o número de famílias com filhos tem diminuído, estando agora a rondar os 44,3%.

O peso dos reformados no consumo tem aumentado, com quase mil milhões de euros a passarem das famílias sem filhos para os seniores. Desde 2007 até ao ano passado, o gasto com produtos de consumo aumentou 12% — com este segmento a representar agora 21% do consumo total.

Além das compras para consumo próprio e para a casa, há ainda o fenómeno recente dos idosos que ajudam os filhos e os netos. Anualmente, este segmento que o estudo intitula de “Avós para Todos” gasta 2782 euros com produtos de grande consumo — um valor acima da média.

Os reformados gastam muito menos, rondando uma média de 1221 euros. Ainda mais baixo é os gastos das famílias com filhos, que equivale a 787 euros. A média nacional fixa-se nos 894 euros. O estudo mostra que os portugueses têm uma maior parcela de gastos com a alimentação.

ZAP //

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