Em 2017, o volume de plástico produzido por embalagens de Coca-Cola atingiu as três milhões de toneladas — o equivalente ao peso de 600 mil elefantes-asiáticos. Esta é a primeira vez que se conhecem este tipo de valores.
O relatório, publicado esta quarta-feira pela Fundação Ellen MacArthur, visa promover a passagem para uma economia circular. Economia circular é um conceito estratégico que assenta na redução, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais e energia.
Em outubro de 2018, cerca de 350 entidades comprometeram-se a reduzir e eliminar o uso de embalagens de plástico, num repto lançado pela Fundação Ellen MacArthur. De acordo com o jornal Público, essas mesmas entidades assumiram aumentar a transparência em relação às quantidades de plástico usadas.
O objetivo passa pelo uso de embalagens reutilizáveis, eliminando o uso de embalagens de plástico descartáveis. Até 2025, a finalidade será assegurar que 100% dos plásticos podem ser reutilizados, reciclados ou recompostos.
Além da Coca-Cola, empresas como a Nestlé, a Danone e a Sonae também compactuaram com esta iniciativa. O Governo português, através do Ministério do Ambiente e da Transição Energética, associou-se também ao repto da fundação. “A decisão de mais de 30 empresas revelarem publicamente os seus volumes anuais de plástico neste relatório é um passo importante para uma maior transparência”, escreveu a Fundação.
O relatório revelou que a Nestlé é a segunda entidade que mais plástico produz. A empresa suíça produziu 1,7 milhões de toneladas de plástico em apenas um ano. Já a Unilever contabilizou 610 mil toneladas e a Danone 750 mil toneladas.
O grupo espanhol Inditex, que detém marcas de roupa como a Zara, produziu 690 toneladas de embalagens de plástico em 2017.
A fundação britânica diz que são necessários “maiores investimentos, inovações e programas de transformação a começar agora, para se perceber o impacto em 2025”. O rumo é o correto, mas acreditam que ainda há espaço para melhorar.