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Chichén Itzá esconde cave de relíquias maia (e havia uma cobra venenosa a protegê-la)

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(CC0/PD) aladecuervo / Pixabay

Templo de Kukulcán, localizado em Chichén Itzá – uma cidade arqueológica maia, no Iucatã

Uma equipa de arqueólogos liderados por Guillermo de Anda descobriu uma caverna cheia de relíquias antigas sob as ruínas da cidade maia de Chichén Itzá, no México. A descoberta, que foi já rotulada como “incrível”, pode desvendar alguns segredos da civilização maia.

De Anda, citado pela agência de notícias AFP, disse em conferência de imprensa que os achados são um verdadeiro “tesouro científico”.

De acordo com o líder da expedição, a caverna com centenas de objetos foi encontrada a cerca de dois quilómetros do templo de Kukulkan, a 24 metros de profundidade.

A caverna tem várias câmaras conectadas por passagem extremamente estreitas que obrigaram os investigadores a rastejar através delas. A sua extensão é, para já, desconhecida, tendo os arqueólogos conseguido explorar cerca de 460 metro até então.

Tal como explico De Anda, a caverna foi já descoberta há mais de 50 anos por moradores locais. Na época, foi enviado um arqueólogo até ao local, que decidiu por razões desconhecidas selar a entrada com pedras e apresentar um breve relato.

No ano passado, o líder da expedição voltou a encontrar esta caverna, trazendo agora à luz todas as suas relíquias. Entre as centenas de objetos encontrados, contabilizam-se sete queimadores de incenso sob a forma de Chaac, uma importante divindade maia associada à chuva. Estima-se que os maiores queimadores deste tipo date, de 700 a 1000 anos d.C.

“O que descobrimos foi incrível e completamente intocado”, acrescentou.

Os cientistas acreditam que os moradores de Chichén Itzá consideram a caverna como “as entranhas dos deuses“. Além disso, a equipa sublinhou ainda que a o tesouro subterrâneo ajudará os cientistas a entender melhor as origens, a vida e as crenças dos moradores de Chichén Itzá.

A AFP adinta ainda que os indígenas maias que habitam a área atualmente deixaram um alerta à equipa: uma cobra coral venenosa protegia o local. E, na verdade, os cientistas encontraram essa espécie, que bloqueou o acesso à caverna durante quatro dias, tal como revelou o líder da expedição. A pedido dos moradores, a equipa passou também por uma ritual de purificação de seis horas antes de entrar na caverna.

De Anda e a sua equipa planeiam continuar a explorar a caverna e os seus artefactos, não querendo contudo remover os objetos encontrados, mas antes estudá-los no local.

ZAP //

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3 Comments

  1. Vi esta noticia em outro site mas falava em 24 quilómetros de profundidade e não 24 metros como vocês mencionam… Podem por favor esclarecer qual a informação correta?

    • Caro Luís Novais,
      As fontes que consultámos, que incluem a agência AFP e o The New York Times, apontam que a caverna está 24 metros de profundidade, tendo sido encontrada a 2 quilómetros do templo de Kukulkan.
      Agradecemos desde já as suas visitas.

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