Os comentários de Trevor Noah em relação ao conflito entre a Índia e o Paquistão causaram polémica nas redes sociais. O apresentador do “The Daily Show” acabou por pedir desculpa pelas declarações.
Num dos episódios do programa norte-americano “The Daily Show”, Trevor Noah abordou a polémica entre a Índia e do Paquistão, fazendo uma sátira do assunto. Noah disse que um eventual conflito entre a Índia e o Paquistão por causa da Caxemira, para além de ser “o mais divertido”, seria o mais longo — fazendo alusão aos musicais da Bollywood.
As declarações humorísticas do apresentador sul-africano tiveram uma imediata repercussão nas redes sociais, com indianos e paquistaneses a mostrarem-se indignados. Uma utilizadora do Twitter disse que apesar de gostar de Trevor Noah, as suas observações sobre o conflito Índia-Paquistão causaram-lhe uma “grande irritação“.
“Sinto muito que isto tenha magoado as pessoas, não era de todo a minha inteção”, confessou o humorista, em resposta à polémica gerada nas redes sociais.
Segundo noticia a Sapo24, Trevor Noah mostrou-se “surpreendido” com a repercussão da sua piada, quando comparada com o próprio conflito: “Por vezes parece que as pessoas ficam mais ofendidas com as piadas que os humoristas fazem sobre um problema do que com o problema em si”.
A forma como os indianos lidam com a sátira política pode ter tido influência na rápida propagação da polémica das declarações de Trevor Noah, segundo relata a BBC.
“Como comediante, uso a comédia para processar a dor e o desconforto no meu mundo”, desabafou Trevor num dos seus tweets. O apresentador do “The Daily Show” relembrou que quando a sua mãe morreu com um tiro na cabeça, também fez piadas sobre o assunto.
A tensão entre a Índia e o Paquistão pela disputa da Caxemira tem vindo a aumentar. O caso piorou quando a Índia lançou um ataque aéreo no Paquistão. E como resposta, os paquistaneses abateram dois caças indianos.
Por enquanto, a opinião público divide-se. Será que Trevor Noah “passou dos limites” ao fazer este tipo de declarações ou estas podem justificar-se pelo seu tom de sátira?