O Presidente norte-americano, Donald Trump, apelou esta segunda-feira aos chefes militares venezuelanos para se juntarem ao opositor e presidente autoproclamado Juan Guaidó e deixarem entrar a ajuda humanitária no país, sem o que se arriscam a várias perdas.
“Os olhos do mundo inteiro estão focados em vocês”, disse Trump.
“Vocês podem escolher aceitar a oferta generosa de amnistia do presidente Guaidó e viverem em paz com os vossos (…). Senão, podem escolher a segunda via: continuar a apoiar Maduro [Presidente da Venezuela]. Neste caso, não vão ter locais para se refugiarem. Não vão ter saída possível. Vão perder tudo”, enfatizou Donald Trump, que discursava em Miami.
Durante a sua intervenção, Donald Trump disse que “está a chegar um novo dia para a América Latina”, ao procurar congregar apoio entre a maior comunidade venezuelana nos EUA para o líder oposicionista Juan Guaidó. Ao falar na Universidade Internacional da Florida, em Miami, frente a bandeiras dos EUA e da Venezuela, Trump afirmou que os norte-americanos apoiam Guaidó e condenou o Governo do Presidente Nicolas Maduro.
Depois de instar os militares a apoiarem Guaidó, Trump avançou que pretende “uma transição pacífica”, mas, acentuou, “todas as opções estão em aberto”.
Antes, a assessora de imprensa da Casa Branca, Sarah Sanders, dissera que os dirigentes norte-americanos “sabiam onde os oficiais militares [da Venezuela] e as suas famílias tinham dinheiro escondido no mundo”.
O sul do Estado da Florida acolhe mais de cem mil venezuelanos e venezuelanos-norte-americanos, naquela que é a maior concentração desta comunidade nos EUA.
No seu discurso neste importante Estado, em termos de eleições presidenciais, Trump procurou contrastar as suas políticas com as dos democratas progressistas, que classificou de “socialistas”. “O socialismo devastou tanto” a Venezuela “que até as maiores reservas de petróleo do mundo foram insuficientes para manter as luzes ligadas”, referiu.
“O socialismo está a morrer e a liberdade, a prosperidade e a democracia estão a renascer” no hemisfério, declarou Trump, que disse esperar que em breve “este se torne o primeiro hemisfério livre em toda a história humana”.
A presidente do Partido Democrata na Florida criticou Trump, por ter “duas caras em relação à Venezuela”, justificando que “fala sobre combater o regime de Maduro, mas continua a deportar e deter venezuelanos que fogem da repressão do regime de Maduro”.
Trump tem estado a passar o fim de semana prolongado, devido a um feriado federal, no seu clube privado, em Palm Beach, na Florida. Na sexta-feira, dia 15, declarou o estado de emergência nacional para conseguir financiar a construção do muro na fronteira mexicana.
Discurso com “estilo nazi”
Nicolás Maduro reagiu pouco depois ao discurso do seu homólogo norte-americano, considerando o discurso “nazi” e declarando que os Estados Unidos agem como se fossem donos da Venezuela e os cidadãos desse país os seus escravos.
“O Donald Trump esteve hoje, com uma retórica cansada, a questionar o direito do nosso país livre a adotar as ideias do socialismo humano, cristão, com um discurso quase ao estilo, para proibir as ideologias”, disse Nicolás Maduro em Caracas.
“Donald Trump quer proibir as ideologias, a diversidade política e quer impor o pensamento único dos supremacistas brancos da Casa Branca”, acrescentou.
Ainda antes do discurso de Trump, o líder venezuelano tinha já anunciado que a Rússia enviara 300 toneladas de ajuda humanitária para os venezuelanos, que deverá chegar na quarta-feira ao país. “Vão chegar ao Aeroporto de Maiquetía (o principal do país) medicamentos de alto custo para ajudar o povo. Isso sim, já pagámos, com a nossa mão, com a ajuda da Rússia, da Turquia, da China e da ONU“, disse.
Referindo-se à ajuda norte-americana, Maduro acrescentou voltou a reiterar que a comida está contaminada; “Roubaram-nos 30 milhões (devido às sanções dos EUA) e oferecem-nos 20 milhões, em comida podre, contaminada”.
“Não somos mendigos de ninguém nem vamos fazer da Venezuela honorável uma Venezuela de mendigos. Não vamos aceitar. Aqui há suficiente dignidade, subestimam a dignidade de um povo”, frisou o Presidente eleito.
ZAP // Lusa
Que linda situação a da Venezuela… Depois de terem tido um líder que tão bem fez ao país como Hugo Chavez, eis que surge um bardamerd@ de um incompetente, déspota e vigarista para o suceder: Nicolás Maduro. Todos os homens bons morrem prematuramente e a seguir tem sempre de vir uma besta quadrada estragar o trabalho feito.
Mas desenganem-se aqueles que viram demasiados filmes de Hollywood e pensam que o mundo se divide em bons e maus. Não, muitas vezes o mundo divide-se em maus e maus, como é o caso na posição que os EUA têm nesta história toda, contra Maduro.
A Venezuela tem o maior depósito de petróleo do mundo… Só! Trump está-se bem marimbando para o povo Venezuelano, para a ajuda humanitária e para a ditadura de Maduro (ou não tivessem os EUA e Trump em particular, tanta admiração por outros ditadores). Trump está é a ver se coloniza económicamente a Venezuela para se abarbatar ao Peróleo, como fizeram no Iraque, ou quando promoveram o golpe de estado (operação Ajax) no Irão contra Mossadegh que nacionalizara o petróleo do país, que era até então explorado pelos EUA e UK. A CIA e o MI6 meteram lá o ditador Fantoche Xá Mohammad Reza Pahlavi… Aí um ditador já era bom!.. E dava jeito. Paladinos da liberdade, deixem-me rir…
Agora Trump quer fazer o mesmo: Meter lá um fantoche (Goaidó) que lhes entregue o petróleo de mão beijada para depois Trump fazer um brilharete a dizer que fez muito bem à economia americana durante o seu mandato.
O quê??!! “Depois de terem tido um líder que tão bem fez ao país como Hugo Chavez,…” Está a falar do sócio do 44?! Em que é que o Hugo Chavez fez bem ao país? Apenas iniciou o processo de destruição!!!
Cê tá de sacanagem ou pirou de vez?!!!! Só pode….. O chavez, e os seus amiguinhos internacionais, muito divulgados à época pelos mídia!!! Iguais ao viado estalinista/nazista maduro!!!… xuxialismo e comunismo são exactamente o mesmo, onde entram destroem e roubam tudo e todos… isto são factos e realidade presente.. Apenas acéfalos não conseguem enxergar. Pergunta ao google quem são os maiores ladrões do mundo e bandidos, encontras lá a resposta….
Caro Pois e caro PQOP (a sua, não a minha). Eu vou explicar-vos qual foi o “processo de destruição” (NOT!) levado a cabo por Chavez e vou também informar alguns mentecaptos que mandam ir consultar o Google sem nunca o terem consultado, sobre alguns dados estatísticos importantes sobre a Venezuela pré e pós-Chavez, para que esses mentecaptos possam ter acesso a verdadeiros factos, e não a masturbação ideológica.
Com Chavez, os índices de pobreza cairam mais de 50% e taxas de mortalidade infantil caíram vertiginosamente, assim como o desemprego… E a inflação reduziu-se para os valores mais baixos desde os anos 80. Mais de um milhão de crianças reintegradas no sistema educativo e a maior frequência universitária da América do Sul. Houve uma redistribuição da riqueza e um combate à desigualdade económica sem precedentes. Não admira que a maioria da população que até aí vivia na miséria, adore e idolatre Chavez. Milhões de pessoas tiveram pela primeira vez acesso a cuidados médicos subsidiados pelo estado. A Actividade cultural na Venezuela, no seu tempo foi mais rica do que nunca. A FAO reconheceu em 2014 a Venezuela como o país que teve mais progressos a nível da nutrição, poder de compra e benefícios sociais (para todos e não para uma pequena elite). Isto não números da OCDE e da CEPR, não são bocas da reacção na secção de comentários do ZAP.
Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Economic_policy_of_the_Hugo_Ch%C3%A1vez_administration#Economic_indicators
Os grandes críticos do regime de Chavez foram curiosamente os suspeitos do costume: Aqueles cuja riqueza até aí tinha sido acumulada à custa da exploração de outros. As mesmas elites que detêm e controlam as redes noticiosas que rosnaram contra Chavez 24 horas por dia durante a sua vigência. Regimes de capitalismo predatório, de olhos postos no petróleo da Venezuela. Claro que gente que gosta de roubar o que é dos outros, têm todo o interesse em retratar Chavez como iniciador de um “processo de destruição” (com três pontos de exclamação).
Antes de Chavez, havia duas Venezuelas: A que beneficiava da exploração petrolífera e a que ficava à margem da exploração petrolífera. sim ele atacou o estatuto social das elites e nacionalizou grande parte da indústria petrolífera… Mas os privados continuaram dominates na economia apesar disto. A Venezuela nunca foi nem fez tensões de ser, um regime de estado centralizador como Cuba. No entanto as leites tentaram vários golpes de estado como o de 2002 em que Pedro Carmona, presidente da Fedecamaras, tentou auto-proclamar-se presidente, apesar da legitimidade democrática de Chavez não estar em causa (estão a ver o paralelo com Guaidó?). Milhões de pessoas que haviam eleito Chavez invadiram as ruas e 48 depois, Chavez estava de novo no poder por demanda popular. Depois as mesmas elites orquestraram greves pertolíferas. Foi em reacção a isto que Chavez começou a radicalizar o socialismo na Venezuela a partir de 2005. A partir daí, um excesso de confiança no Socialismo e no exército para combater as clivagens sociais e as tentativas de golpe de estado por parte das elites económicas que até Chavez, exploravam a população e sugavam o país como vampiros. Depois de Chavez, Maduro só tem feito trampa. Importa haver eleições urgentemente e com observadores internacionais porque, Maduro não é de confiança.