O Benfica recebeu e goleou o Boavista por 5-1, em jogo da 19ª jornada da Liga NOS – um triunfo concludente que reflecte a superioridade da “águia” ao longo de praticamente todo o jogo, com domínio, futebol de ataque, eficácia de remate e golos de belo efeito, em especial o último, por Álex Grimaldo.
O Boavista, orientado interinamente por Jorge Couto, antes de Lito Vidigal assumir o comando da equipa, nada pôde fazer frente a uma “águia” que, na próxima jornada, desloca-se a Alvalade para defrontar o Sporting.
O Jogo explicado em Números
- O jogo começou praticamente com uma ocasião flagrante para o Boavista. Aos sete minutos, Gabriel falhou um passe para Odysseas Vlachodimos, Aymen Tahar ficou na cara do guardião grego, mas atirou ao poste, quando tinha tudo para facturar. A máxima do futebol, que diz que quem não marca, sofre, valeu de imediato.
- Aos nove, Pizzi bateu um livre da direita e, ao segundo poste, João Félix, nas alturas, fez o 1-0 para o Benfica. Ao primeiro remate, os “encarnados” colocavam-se em vantagem e mostravam-se afoitos no ataque, ao mesmo tempo que dominavam por completo. Por volta do primeiro quarto-de-hora, a equipa da casa registava cerca de 74% de posse de bola, embora sentisse dificuldade para rematar, por falta de espaços.
- A tendência manteve-se e, aos 26 minutos, um cabeceamento de Rúben Dias – novamente após livre de Pizzi – encontrou a barra da baliza Helton Leite. E aos 28 aconteceu o 2-0. Haris Seferovic isolou-se na esquerda, o seu remate foi travado pelo guardião “axadrezado”, mas a bola sobrou para Pizzi, que encostou com êxito.
- A meia-hora mostrava um jogo praticamente de sentido único desde aquele primeiro lance de golo do Boavista. O Benfica registava, nesta fase, 68% de posse de bola, nove remates, cinco deles enquadrados. Oito desses disparos aconteceram dentro da área boavisteira, numa partida com nove cantos… todos para os lisboetas.
- O segundo golo teve o condão de tirar um pouco de intensidade ao jogo, com o Benfica a não conseguir criar mais nenhum lance claro de perigo. Quando o conseguiu teve Seferovic quase sempre como protagonista, mas pela negativa, desperdiçando duas ocasiões flagrantes. Esse abrandamento foi aproveitado pelo Boavista, que reduziu aos 42 minutos por Talocha, a aproveitar uma bola solta na área benfiquista, após canto.
- Vantagem benfiquista que se justifica pelo domínio completo exercido pelas “águias” no primeiro tempo, que poderia até apresentar outros números, apesar de o Boavista ter criado muito perigo nos poucos ataques que fez.
- Muita posse de bola, mais remates, com boa eficácia, facilidade em entrar na grande área contrária e dez cantos contra um eram os números dos anfitriões.
- Ainda assim, o Boavista marcou no único que dispôs, com o Benfica a desperdiçar duas ocasiões flagrantes, ambas por Seferovic.
- O melhor nesta fase era Pizzi. O médio, a jogar na ala direita como tem sido hábito nos últimos jogos, registava um GoalPoint Rating de 7.5, fruto de um golo, uma assistência, uma ocasião flagrante criada e quatro passes para finalização, para além de dois dribles completos em três tentativas.
- O segundo tempo começou com o Boavista a querer assumir o jogo, aproximando-se com perigo da baliza benfiquista. Para além de 41% de posse de bola por volta dos 54 minutos (altura do 3-1 do Benfica), registava os três únicos remates do segundo tempo, um deles enquadrado.
- E esse adiantamento acabou por ter consequências. Num rápido contra-ataque, João Félix fugiu pela direita, cruzou rasteiro para o segundo poste, onde apareceu Seferovic a marcar.
- O Boavista sentiu o golo e a reacção esfriou. Por volta da hora de jogo já o Benfica registava cinco remates no segundo tempo, um enquadrado, mantendo-se os boavisteiros com três.
- João Félix, com um golo, uma assistência e o máximo de faltas sofridas (4), ia-se destacando pela qualidade do seu jogo, apesar de muitas vezes encostado às alas, para fugir às marcações individuais.
- Aos 70 minutos o jogo decorria em ritmo mais pausado, com o Benfica a reassumir domínio total (64% de posse de bola). O 4-1 surgiu, assim, com naturalidade. Aos 72 minutos, Pizzi fugiu pela direita, rematou para boa defesa de Helton Leite, mas na recarga, Seferovic atirou a contar.
- O vencedor estava encontrado, faltando saber se o resultado se iria avolumar. Por volta dos 80 minutos, o Benfica registava 20 cruzamentos de bola corrida, dez em cada metade, bem como 16 cantos e 13 remates dentro da grande área contrária, num total de 17.
- E o marcador viria mesmo a funcionar novamente. Aos 86 minutos, Álex Grimaldo arrancou um remate portentoso de fora da área, para o 5-1, naquele que foi o ponto mais alto da partida. E aos 90, o Boavista poderia ter reduzido, por Mateus, de penálti, a castigar falta de Samaris sobre Carraça. Mas Odysseas defendeu o remate.
O Homem do Jogo
O regresso às grandes exibições de Pizzi. O médio benfiquista foi o melhor em campo nesta goleada, registando um GoalPoint Rating de 8.3. Uma nota muito alta suportada por diversos detalhes de jogo em que o brigantino esteve a um nível muito elevado: um golo em três remates (dois enquadrados), uma assistência, uma ocasião flagrante criada em cinco passes para finalização (máximo da partida) e três dribles completos em cinco tentativas. Pizzi está a readaptar-se muito bem à função de médio-direito.
Resumo
// GoalPoint