As antigas Minas do Pejão ainda não pararam de arder desde os incêndios de Outubro de 2017 e não há perspectivas claras quanto ao momento em que o incêndio vai conseguir ser extinto. Na melhor das hipóteses, talvez isso suceda daqui a quatro meses.
Os fogos de Outubro de 2017 que afectaram Castelo de Paiva, no distrito de Aveiro, provocaram a combustão dos resíduos de carvão da antiga Mina do Pejão. Passado um ano e três meses, ainda não foi possível extinguir o fogo subterrâneo, que atinge o carvão existente no subsolo, como avança o presidente da Câmara de Castelo de Paiva, Gonçalo Rocha, em declarações à TSF.
A principal preocupação do autarca prende-se com o facto de a combustão estar a libertar gases para a atmosfera. Deputados do PS e do Bloco de Esquerda já questionaram o Governo sobre o caso, temendo consequências negativas para a Saúde Pública.
Gonçalo Rocha acredita que o incêndio estará próximo de ser extinto e espera que o fogo não entre “nos perfis mais profundos das galerias de carvão”, o que levaria a “consequências muito mais gravosas“, como destaca na TSF.
A “situação ainda é de risco com temperaturas entre 600 a 700 graus“, realça o autarca.
A empresa pública que está a trabalhar na extinção do incêndio, a Empresa de Desenvolvimento Mineiro (EDM), perspectiva que as chamas podem ser apagadas de vez nos próximos quatro meses.
Fonte da EDM refere à TSF que assinou um contrato público com uma empresa que vai tentar apagar o fogo o mais rápido possível. Esse contrato público prevê precisamente o prazo de quatro meses para a extinção.
No terreno, está em marcha uma grande operação com “dois bulldozers pesados, quatro viaturas pesadas e dois veículos ligeiros de combate a incêndios, oito elementos especializados de combate a incêndios, equipamento de protecção e monitorização, três técnicos de apoio e uma equipa de mecânica de prevenção”, como reporta a TSF.
São meios “ajustados e adaptados às necessidades”, realça a EDM, notando que “a complexidade dos materiais“, “bem como a elevada temperatura” têm dificultado os trabalhos.
há uma mina nos eua que está a arder há anos …
https://en.wikipedia.org/wiki/Centralia_mine_fire
https://www.businessinsider.com/coal-mines-in-centralia-pennsylvania-have-been-burning-since-1962-2015-7
Será que não é possível tapar todas as entradas de ar na mina (para extinguir a combustão) ??
Caro Luís, lamento o plágio do seu comentário mas quando fiz o meu ainda não tinha visto o seu. Cpmts.
O incendio não é no interior da mina, mas nas escombreiras, que são depósitos à superficie, e que teem carvão de qualidade inferior e por isso não ia para a EDP nem Cimpor, os ultimos clientes das extintas Minas Do Pejão. São montes formados pelos residuos da lavaria, por isso não se pode tapar, porque é a céu aberto. Alguns até já estão arborizados.
Impeçam a entrada de oxigénio na mina e o incêndio apaga-se per si… não precisam de me agradecer.