O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, mostrou-se esta segunda-feira preocupado com o aumento da mortalidade infantil, defendendo que é preciso apurar as causas para que “não se volte a repetir no futuro”.
“Supondo que esses números correspondem à realidade, isso preocupa-me. Porque uma das bandeiras da democracia de Abril era uma mudança revolucionária no domínio da mortalidade infantil, uma redução drástica”, considerou.
O chefe de Estado que esteve no Porto a convite do presidente da Câmara, o independente Rui Moreira, para assistir à apresentação do projeto de reconversão do Matadouro Industrial de Campanhã, rejeitou fazer uma leitura dos números, mas sublinhou que “gostava” de perceber, junto dos especialistas, se estes números correspondem à realidade e porque é que isto aconteceu.
“Se for verdade aquilo que foi noticiado e, se for verdade que uma das conquistas de Abril conhece uma evolução negativa, então o que é preciso é apurar porque é que isso aconteceu, para que não continue a acontecer”, declarou.
De acordo com os dados oficiais ainda provisórios, os valores da mortalidade infantil são apenas ligeiramente acima dos que foram verificados em 2016. No ano passado, a taxa de mortalidade infantil foi de 3,28 mortes por cada mil nados vivos, quando em 2017 tinha sido de 2,69 e em 2016 de 3,24.
A evolução da taxa de mortalidade infantil, esta segunda-feira noticiada pelo Correio da Manha, levou a Ordem dos Médicos a pedir um apuramento rápido das causas do aumento, que segundo dados provisórios da Direção-geral da Saúde registou em 2018 o valor mais elevado desde 2013.
Valores dentro da normalidade e abaixo da média europeia
A Direção-Geral de Saúde considerou, contudo, que a taxa provisória de mortalidade infantil em Portugal em 2018 está dentro da normalidade e que continua abaixo da média europeia, aconselhando cautela na análise dos dados.
Em declarações aos jornalistas, a diretora-geral de Saúde indicou que os dados provisórios da mortalidade infantil apontam para 3,28 óbitos no primeiro ano de vida em cada mil nascimentos, valor muito semelhante ao de 2016.
Graça Freitas acrescentou que não se deve fazer uma comparação dos dados de 2018 apenas com o ano anterior, até porque 2017 foi um ano com mortalidade infantil “anormalmente baixa”.
Comparando o ano de 2016 com 2018, no ano passado terá havido um acréscimo de seis mortes em crianças até ao um ano, num universo estimado de 88 mil nascimentos.
ZAP // Lusa
Ok, 2018 foi o ano com mais mortalidade infantil desde 2013; e a natalidade?!
Será que não foi a mais elevada desde de 2013?
Pois…
Foi também o ano com maior percentagem de mortes por nados-vivos. Apesar de não ser preocupante, julgo que deveriam analisar esses números com atenção, pois essa percentagem tem vindo a subir, sendo que apenas o ano de 2017 fugiu à “regra” de subida.