/

Sporting vs Belenenses | Leão competente na vice-liderança

1

Mário Cruz / Lusa

Sporting reassumiu o segundo lugar da tabela da Liga NOS, depois de vencer o belenenses em Alvalade por 1-0.

No dérbi frente ao Belenenses, a formação leonina sentiu algumas dificuldades ante uma equipa muito organizada, mas um autogolo (mais um nesta jornada) de Sasso, já na segunda parte, acabou por derrubar o “muro azul”, abrindo depois caminho para o 2-0, num grande golo de Miguel Luís.

O Belenenses acabou por reduzir por Fredy Ribeiro, num final de jogo quente, dominado pelo Sporting, embora não de uma forma clara, como mostram os números finais.

O Jogo explicado em Números

  • Início de jogo bem animado em Alvalade, com o Sporting a dominar territorialmente, mas a permitir que o Belenenses causasse alguns calafrios. À passagem do primeiro quarto-de-hora, os “leões” registavam 63% de posse de bola, mas apenas um remate (enquadrado), enquanto os visitantes somavam quatro disparos, embora nenhum com boa direcção.
  • Em cima do minuto 31, Fredy isolou-se, após um mau passe de Marcos Acuña, mas o seu remate embateu no poste da baliza de Renan Ribeiro. Foi uma sapatada num jogo que havia perdido alguma intensidade deste o primeiro quarto-de-hora. A defesa muito subida da formação leonina dava espaços para os forasteiros explorarem e este foi o quinto remate do Belenenses na partida, ainda sem nenhum enquadrado, enquanto o Sporting não passava do tal disparo solitário.
  • Aos 35 foi a vez de Nani acertar no ferro, numa altura em que cheirava a golo em qualquer uma das balizas. O extremo leonino era, por esta altura, o jogador com melhor rating, um 5.9, em parte devido a um passe para finalização e aos dois dribles que tentou, ambos com sucesso.
  • O “leão” cimentou a pressão nos instantes finais do primeiro tempo, com quatro remates entre os minutos 34 e 37, mas só o tal de Nani, ao poste, constituiu verdadeiro perigo para a baliza de um muito atento Muriel.
  • Nulo em Alvalade ao descanso, a punir a falta de eficácia das duas equipas no momento da finalização. Dos 11 remates realizados, apenas um foi enquadrado, e para os “leões”, que ainda assim demoraram para conseguirem disparar com mais regularidade, apesar do claro domínio territorial.
  • Realce para as 12 faltas que o Sporting registava ao intervalo, contra apenas cinco dos homens do Restelo. O melhor em campo nesta fase era Nani, com um GoalPoint Rating de 6.4. O extremo registava um remate ao ferro, três passes para finalização e dois dribles eficazes, nos únicos que tentou.
  • O Sporting reentrou com mais bola, chegando aos 57 minutos com 68% de posse e mais proximidade em relação à área belenense. Não espanta, por isso, o golo que aconteceu precisamente nesta altura.
  • Diaby esperou pela subida de Bruno Gaspar, serviu o lateral-direito e este rematou do lado direito da grande área. A bola desviou na cabeça de Sasso e entrou na baliza do Belenenses. Um autogolo ao segundo disparo no segundo tempo, ainda sem nenhum enquadrado.
  • O Belenenses, mesmo em desvantagem, não conseguia reagir e parecia uma equipa curta, demasiado para chegar com mais homens junto da baliza de Renan. Por volta dos 70 minutos registava apenas 37% de posse de bola e somente duas acções com bola na grande área sportinguista, por Licá e Diogo Viana. Ainda assim, somava três remates, dois enquadrados.
  • E acabou por ser o Sporting a ampliar a vantagem para 2-0. Em cima do minuto 80, o jovem Miguel Luís recebeu de Gudelj ainda fora da área, virou-se e rematou forte e colocado para o fundo da baliza de Muriel. Um tento que surgiu ao sexto disparo leonino no segundo tempo, terceiro enquadrado. O jogo ficava praticamente decidido… mas ainda não totalmente.
  • A insistência do Belenenses acabou por dar frutos aos 90 minutos, com o 2-1, apontado por Fredy, após um excelente lance de Licá e um remate de Henrique, que Renan Defendeu. Na recarga, Fredy não perdoou.

O Homem do Jogo

O capitão do Sporting, regressado há pouco de lesão, acabou por não cumprir os 90 minutos, sendo substituído aos 69 minutos por Raphinha. Contudo, já tinha feito o suficiente para ser o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 6.6. O extremo não marcou, mas esteve muito bem a pautar o jogo da equipa, registando no final três passes para finalização, 89% de eficácia de passe e dois dribles eficazes em três tentativas. Uma exibição longe de deslumbrante, mas muito certinha e equilibrada.

Jogadores em foco

  • Fredy Ribeiro 6.3 – O melhor do Belenenses foi também o segundo jogador com rating mais elevado. O atacante foi sempre um perigo apontado à baliza leonina, sendo ele o autor do golo dos visitantes – antes havia acertado no poste, na primeira parte. No final registou quatro remates e ajudou defensivamente com seis desarmes.
  • Nemanja Gudelj 6.3 – Bom jogo do sérvio. Apesar de ser o jogador mais recuado do meio-campo leonino. Gudelj não passou das seis acções defensivas e das quatro recuperações de posse, mas registou 49 passes certos em 50 e fez dois passes para finalização, um deles a assistência para o golo de Miguel Luís.
  • Muriel 6.0 – O guardião brasileiro realizou uma exibição positiva, conferindo segurança ao seu sector defensivo. No total realizou três defesas, um número não muito elevado, mas duas foram a remates dentro da sua grande área.
  • Miguel Luís 6.0 – Bom jogo do “miúdo”, culminado com um golo de bandeira, num remate à entrada da área belenense. O médio esteve muito bem também na retaguarda, registando oito acções defensivas, entre elas quatro desarmes e três bloqueios de passe.
  • Wendel 5.9 – O brasileiro regressou à titularidade e não desiludiu, apesar de ter saído aos 70 minutos, algo desgastado. O médio fez dois remates (desenquadrados), dois passes para finalização e completou 88% dos passes.

Resumo

1 Comment

  1. Parem de inventar futebol!
    Mas agora tudo o que bate num defesa antes de entrar é “auto-golo”? Já não há “desvios”?
    Se uma bola vai para fora e bate num defesa, que desvia a sua trajectória para dentro da baliza, até pode ser auto-golo. Mas quando a bola já vai para dentro da baliza e o defesa a desvia, é golo de quem fez o remate – e sempre foi.
    O 1º golo é do Bruno Gaspar, não é nenhum auto-golo, tal como ontem o segundo golo do Portimonense não é auto-golo do Jardel. A bola ia para dentro da baliza e o Jardel ao tentar tirar não conseguiu. Ponto final.
    Já o primeiro do Portimonense é um bom exemplo de um auto-golo.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.