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Nova Deli trava batalha contra a poluição (e os bombeiros são a personagem principal)

Mangueiradas a partir dos edifícios mais altos contra a poluição: esta é a estratégia dos bombeiros de Nova Deli para ganhar a batalha contra a poluição e os fogos que nascem nas lixeiras.

Nova Deli, a capital da Índia, registou níveis máximos de poluição no passado domingo. Na sequência desse acontecimento, conta a CBS, os bombeiros lançaram mangueiradas a partir dos edifícios mais altos contra a poluição e as autoridades proibiram as obras por parte das empresas de construção civil.

Em causa estão os níveis de poluição por partículas inaláveis, que ameaçam os pulmões. Estas partículas excederam em 13 vezes o que é aceitável segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Um relatório, publicado pelo The Times of India no início de dezembro, dava conta de que a esperança média de vida dos indianos seria quase dois anos superior (1,7) se os valores da poluição do ar morassem nos standards aceitáveis. Além disso, o mesmo documento adiantava que 77% da população indiana está exposta a níveis de poluição do ar acima do que é considerado seguro.

O Governo indiano aconselhou as pessoas a evitarem correr na rua e a usarem máscaras com frequência. À primeira vista, parece nevoeiro. No entanto, é a poluição que dá a tonalidade acinzentada aos ares indianos, poluição que resulta das viaturas movidas a gasóleo, estações onde se queimam combustíveis fósseis e queimadas.

Para piorar a situação, os invernos secos típicos do país ditam o abrandamento do vento, contribuindo assim para o acumular da poluição nas planícies de Nova Deli, avança o Expresso.

Este assassino silencioso são partículas inaláveis que, segundo a definição do portal do Estado do Ambiente, “resultam essencialmente das emissões do tráfego automóvel, do aquecimento doméstico e das atividades industriais, sendo ao nível dos grandes aglomerados populacionais onde a exposição a este poluente é mais preocupante”.

As emissões naturais são também uma fonte de partículas, como é o caso das poeiras provenientes dos desertos do Norte de África e as resultantes dos incêndios florestais.

Os efeitos na saúde humana manifestam-se, sobretudo, ao nível do aparelho respiratório. As partículas de maiores dimensões são normalmente filtradas, ao nível do nariz e das vias respiratórias superiores, podendo estar relacionadas com irritações e hipersecreção das mucosas.

Já as menores, com um diâmetro aerodinâmico equivalente inferior a 10 micrómetros (PM10), “são normalmente mais nocivas dado que se depositam ao nível das unidades funcionais do aparelho respiratório”.

ZAP //

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