O número de vítimas mortais do atentado terrorista de terça-feira em Estrasburgo elevou-se no domingo para cinco, após a morte de um dos feridos graves, um homem de nacionalidade polaca.
“O meu irmão Barto Pedro Orent-Niedzielski acaba de nos deixar. Ele agradece-vos o vosso amor e a força que lhe deram”, escreveu no Facebook o irmão do residente em Estrasburgo de 36 anos, originário de Katowice, na Polónia.
O atentado, que fez também 11 feridos, alguns dos quais se encontram ainda em estado grave, ocorreu no centro de Estrasburgo, no espaço do mercado de Natal, e o seu autor, Chérif Chekatt, de 29 anos, foi abatido na quinta-feira pela polícia, após dois dias em fuga.
Duas pessoas morreram no próprio dia do ataque, enquanto a terceira vítima morreu na quinta-feira. Na sexta-feira, subiu para quatro o número de vítimas mortais, com a morte de uma pessoa, cuja identidade não foi revelada, que estava em estado crítico desde o ataque de terça-feira à noite e não sobreviveu aos ferimentos.
Sete pessoas foram detidas e interrogadas no âmbito da investigação aberta pelo ministério público de Paris.
Os pais e dois irmãos de Chekatt foram libertados no sábado sem acusações, perante a ausência de elementos que os incriminassem. No domingo, outras duas pessoas próximas do autor do ataque foram libertadas, também sem acusações, ao passo que a sétima pessoa continua detida.
Nascido em Estrasburgo, o suspeito estava sinalizado com a chamada “Ficha S” por radicalização desde 2016 pela Direção Geral de Segurança do Interior. Mas é sobretudo conhecido da polícia por crimes de delito comum, nomeadamente pelo envolvimento em assaltos em França e na Alemanha, já tendo sido alvo de 20 condenações.
Na prisão, o jovem “incitava à prática da religião de forma radical, mas nada permitia detetar uma passagem à ação na sua vida corrente”.
ZAP // Lusa