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Dasha passou quatro meses presa porque a polícia confundiu algodão doce com droga

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Dasha Fincher, uma norte-americana residente no estado da Geórgia, passou três meses na prisão porque a polícia confundiu um saco com algodão doce com drogas. De acordo com o processo, o erro ocorreu devido a um teste defeituoso.

Segundo o New York Times, Dasha, de 41 anos, está agora a processar o condado de Monroe, a polícia e a empresa que fez o teste de drogas. O teste foi realizado durante uma operação de trânsito na véspera do Ano Novo de 2016.

A mulher foi mantida sob custódia, uma vez que não podia pagar a fiança no valor de um milhão de dólares. A ação agora interposta por Dana argumenta que o condado violou os seus direitos civis.

Dasha foi presa e acusa por tráfico e posse de metanfetaminas. A mulher foi detida ao fim de da tarde da véspera de Ano Novo e permaneceu na cadeia do condado de Monroe até ao dia 4 de abril – passaram-se quatro meses.

Dasha Fincher seguia com o seu namorado e os agentes pediram-lhe que parasse o carro porque suspeitaram das janelas escuras da viatura. Ambos tinham as cartas de condução caducadas. Os agentes pediram depois à mulher que abrisse a mala do carro e foi aí que encontraram o saco que continha a substância azul sólida.

Depois de encontrarem o saco, levaram-no para análise num aparelho chamado Sirchie, que acabou por dar positivo para metanfetaminas. “Consegue dizer-me porque é que o teste de drogas deu positivo para metanfetaminas?”, perguntaram os agentes a Dasha? A mulher respondeu que não sabia, alegando que aquilo era algodão doce que os filhos da amiga que lhe emprestara o carro se tinham esquecido e haviam congelado com o frio”.

Apesar de clamar inocência, o teste de drogas acabou por a incriminar. Meses depois, e depois de uma análise levada a cabo por um laboratório criminal qualificado, determinou que se tratava mesmo de algodão doce congelado, nota o Diário de Notícias.

O aparelho utilizado pelos agentes dava resultados positivos em drogas para substâncias como chocolates e batatas fritas – e havia milhares de diagnósticos errados. Após o novo teste, a mulher as acusações foram retiradas.

A mulher diz ter perdido momentos importantes da sua vida devido à prisão ilegal, incluindo o nascimento dos seus netos e a oportunidade de cuidar e apoiar a sua filha que tinha sofreu um aborto espontâneo enquanto estava presa.

Além disso, a prisão continua registada no seu cadastro criminal, apesar da sua inocência ter sido provada, nota ainda o processo. Por tudo isto, Dasha Fincher pede uma indemnização por negligência e ações ilícitas.

ZAP // BBC

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