Burla milionária a Seguradoras com falsos mergulhos fatais

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Um casal burlou 13 empresas de seguros em mais de dois milhões de euros num esquema que passava pela contratualização de Seguros de Vida ou de Acidentes Pessoais com identidades falsas, e com supostos acidentes fatais em mergulhos na praia.

O caso é reportado pelo Correio da Manhã (CM) que salienta que, pelo menos, 13 Seguradoras foram alvo deste esquema fraudulento.

A burla começava com a contratualização de Seguros de Vida ou de Acidentes Pessoais, utilizando identidades falsas. Os suspeitos começavam por pagar as apólices contratadas, para credibilizar o processo. Depois, participavam mortes ou incapacidades motoras resultantes de acidentes de mergulho.

O casal apresentou certidões de óbito falsas e documentos médicos a atestar as incapacidades das supostas vítimas, conforme avança o CM.

Numa das burlas, terão obtido, além da indemnização da Seguradora, também uma pensão de invalidez e benefícios fiscais da Segurança Social.

As Seguradoras visadas pagavam, quase de imediato, as indemnizações associadas aos contratos, pelos supostos ferimentos em mergulhos ou no âmbito de hipotecas de créditos à habitação, sem averiguarem a veracidade dos acidentes reportados.

Os arguidos também usaram a burla para pagar Créditos à Habitação antecipadamente, através dos Seguros de Vida associados. Reportaram as suas falsas mortes às Seguradoras, para extinguir as hipotecas dos imóveis onde viviam.

A investigação da Polícia Judiciária de Lisboa levou à constituição como arguidos do casal, de uma cúmplice de 47 anos e de mais nove pessoas, bem como à apreensão de 45,5 mil euros em dinheiro, de cinco prédios urbanos e de duas viaturas de alta cilindrada.

O inquérito está a cargo do Departamento de Investigação e Acção Penal de Oeiras e investiga crimes de falsificação ou contrafacção de documentos, burla qualificada e branqueamento.

ZAP //

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