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Mastigar pastilha elástica pode ser bom para a saúde (e acabar com epidemia mundial)

Pela primeira vez, investigadores analisaram se as pastilhas elásticas podem ajudar no aporte de vitaminas para o organismo. E a resposta é positiva, de tal forma que podem ser utilizadas como uma estratégia para ajudar a reduzir a deficiência de vitaminas em todo o mundo.

Mesmo num país como os EUA, a deficiência de vitaminas é um problema grave, sendo considerada uma epidemia séria em todo o mundo. Mas as pastilhas elásticas enriquecidas com suplementos podem contribuir para resolver o problema, já que aumentam os níveis de vitamina no sangue. A conclusão é de uma pesquisa publicada no Journal of Functional Foods.

Os investigadores debruçaram-se sobre duas espécies de pastilhas elásticas, contendo suplementos vitamínicos, para aferir se eram eficazes na contribuição com vitaminas para o organismo.

“Fiquei um pouco surpreendido por ninguém ter feito um estudo como este antes, dado o número de produtos de pastilhas elásticas que contêm suplementos vitamínicos no mercado”, destaca o professor Joshua Lambert, do Colégio de Ciências Agrícolas da Universidade Penn State, nos EUA, citado no comunicado que divulga a investigação.

No âmbito da pesquisa, os investigadores levaram 15 pessoas a mascar as duas pastilhas elásticas seleccionadas e mediram os níveis de nove vitaminas que foram libertadas nas suas salivas. Noutra experiência com os mesmos indivíduos, mediram os níveis de sete vitaminas no sangue.

Foi usada uma pastilha elástica sem quaisquer suplementos vitamínicos como placebo, para controlo dos resultados.

As conclusões indicam que as vitamina analisadas – retinol (A1), tiamina (B1), riboflavina (B2), niacinamida (B3), piridoxina (B6), ácido fólico, cianocobalamina (B12), ácido ascórbico (C) e alfa-tocoferol – foram de facto libertadas para a saliva dos participantes que mascaram as pastilhas elásticas.

A concentração de vitaminas no sangue indicou um aumento de entre 75% a 96% no caso do retinol, de entre 906% a 1,077% na piridoxina, de entre 64% a 141% no caso do ácido ascórbico, e de 418% a 502% no caso do alfa-tocoferol, em comparação com a pastilha elástica placebo.

“A pesquisa demonstrou que vitaminas solúveis em água, como as vitaminas B6 e C, foram aumentadas no sangue dos participantes que mastigaram pastilhas elásticas com suplementos, em comparação com os participantes que mastigaram a pastilha elástica placebo”, constatam os investigadores.

O estudo revelou ainda um aumento no sangue de “várias vitaminas lipossolúveis, tais como o derivado de vitamina A retinol e o derivado de vitamina E alfa-tocoferol”, referem.

Joshua Lambert destaca que “as vitaminas solúveis em água foram quase totalmente extraídas da pastilha elástica durante o processo de mastigação”, enquanto que o mesmo não aconteceu com as vitaminas lipossolúveis.

Melhorar a libertação de vitaminas lipossolúveis a partir da base da pastilha elástica é uma área para futuros desenvolvimentos do fabricante”, realça Lambert.

O professor alerta, contudo, que a investigação não demonstra que haja um incremento nos níveis de vitaminas no sangue a longo prazo.

Esse pode ser o próximo passo para um novo estudo, como refere Lambert, falando de “envolver pessoas com um certo nível de deficiência para algumas das vitaminas da pastilha elástica com suplementos, e levá-las a mastigarem-na regularmente, durante um mês, para ver se isso aumenta os níveis de vitaminas no seu sangue”.

ZAP //

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