A presumível viciação de contratos públicos, que levou esta quinta-feira à detenção do presidente do Turismo Porto e Norte de Portugal , Melchior Moreira, terá lesado o Estado em mais de cinco milhões de euros.
A Polícia Judiciária do Porto deteve, esta quinta-feira, Melchior Moreira, presidente do Turismo do Norte, por suspeitas de corrupção. Na operação, as autoridades revelaram que foram ainda detidos dois outros dirigentes do Turismo do Norte e dois empresários que beneficiaram do esquema, naquela que é conhecida como Operação Éter.
Em causa está um alegado esquema de corrupção que teria como objetivo favorecer duas empresas na adjudicação de ajustes diretos. Uma empresa era de comunicação e a outra da área da tecnologia, refere o Observador. Somados, os ajustes diretos realizados nos últimos dois ou três anos ultrapassam os cinco milhões de euros.
Uma fonte policial disse à Lusa que a presumível viciação de contratos públicos terá lesado o Estado em mais de cinco milhões, adiantando ainda que os ajustes diretos eram concedidos por valores muito acima do mercado e, por vezes, sem que o serviço fora prestado.
Em causa estão crimes de corrupção, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influências, recebimento indevido de vantagem e participação económica em negócio em procedimentos de contratação pública no Norte do país.
A lista dos detidos inclui três “figuras de topo” do Turismo Porto e Norte de Portugal, ligadas à chefia do Departamento Operacional e à Direção do Núcleo Financeiro e Jurídico, entre eles o presidente do Turismo Porto e Norte de Portugal, Melchior Moreira. Entre os detidos estão ainda um empresário da zona da Maia e outro da região de Viseu.
Melchior Moreira é encarado como o principal arguido e é suspeito de um conjunto muito alargado de crimes, estando mesmo indiciado pelo crime de corrupção ativa (quem alegadamente solicita e paga a vantagem) como pelo crime de corrupção passiva (quem alegadamente recebe e aceita dar a vantagem).
Segundo o Correio da Manhã, uma das vantagens recebidas pelo líder do Turismo do porto e Norte de Portugal estará relacionada com o pagamento de férias no Algarve. Melchior Moreira é também suspeito de peculato, recebimento indevido de vantagem, prevaricação, participação económica em negócio, abuso de poder e falsificação de documento.
Um dos empresários detidos é a mulher do presidente da Câmara de Santo Tirso, Manuela Couto, administradora da W Global Communication, uma empresa de comunicação que, além de assessoria, receberia igualmente ajustes diretos para a realização de campanhas publicitárias.
Foi também detido o gestor da empresa tecnológica alegadamente favorecida. Do lado do Turismo do Norte foi detida Isabel Castro, chefe de gabinete do Turismo do Porto e Norte.
Os cinco detidos no âmbito da designada operação “Éter” que começou há dois anos, serão presentes esta sexta-feira a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Criminal, no Porto.
ZAP // Lusa
E que tal confiscar-lhes já todo o património até que provem a sua inocencia?
Pois, no meio de tantos casos, amanhã já ninguém se lembra e a máquina do Estado pode continuar, serenamente, a “redistribuição” do dinheiro do povo…
São todos os LADRÕES da pior espécie. O exemplo vem de cima e toda a gente ROUBA indecentemente. Cambada de POLITICOS não há um que seja SERIO , são TODOS mas TODOS LADRÕES, VIGARISTAS, CORRUPTOS, MENTIROSOS. Andam desde SEMPRE (não é de agora) a ROUBAR o LORPA do POVO. Portugueses NÃO confiem nestes politicos, andam sempre a arranjar TACHOS p/ os amigos, familiares e afins. Nós quem trabalha e paga impostos é que sofremos na PELE…
Estes são os mais descarados, dos descarados!
Agora que tal, percorrerem as CCDR´s, associações comerciais e empresariais de norte a sul do país, fundações e as dimensões serão soberbas!
Por causa de ligeireza com que o estado encara as acumulações na função pública é que a corrupção aumenta sem limites. Durante as manhãs certos funcionários públicos trabalham para si, à tarde acumulam com outras funções públicas de relevo. À noite manobram tudo a seu favor. Estas acumulações generalizadas no estado são uma vergonha e os políticos são os primeiros beneficiários.
Serão mais umas penas suspensas a troco do dinheiro roubado. Quando acontecer e saírem não irão trabalhar pelo salário mínimo concerteza. Arranjam outro esquema.
Mas todos os dias a corrupção é notícia! Isto está-se a transformar num Brasil europeu, nada mal para um país com uma história tão longa.