A criação de uma plataforma online para a venda das fardas dos militares da GNR e dos agentes da PSP é uma das medidas que consta do Orçamento do Estado para 2019, com o objectivo de poupar ao Ministério da Administração Interna (MAI) cerca de três milhões de euros.
A gestão do fardamento dos militares da GNR e dos agentes da PSP é um problema antigo e “grave” que o Governo espera poder resolver com a criação de uma plataforma online.
A medida, que integra o Orçamento do Estado para 2019 (OE2019), já é falada “há três ou quatro anos”, como explica à TSF o dirigente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), Paulo Rodrigues.
“O problema é mesmo grave”, salienta Paulo Rodrigues na TSF, constatando que a dificuldade em adquirir fardamento leva muitos agentes a recorrerem ao mercado negro. Por outro lado, há quem não saiba onde pode adquirir as fardas.
Assim, Paulo Rodrigues tem a “esperança” de que “desta vez, seja mesmo para implementar” este novo modelo online de gestão do fardamento. Isto porque permitirá a qualquer militar ou agente, de qualquer parte do país, comprar as fardas e “sabem que são peças oficiais e não precisam de ir a uma casa mandar coser ou bordar porque as calças não são bem iguais”, explica o dirigente da ASPP.
O Governo refere na proposta de OE2019 que a plataforma online visa “reduzir as imobilizações financeiras inerentes aos ‘stocks’” e “permitir a libertação de espaços” que estão, actualmente, afectos “à confecção, armazenamento e venda de fardamento, bem como a reafectação de pessoal para o serviço operacional”, como cita a TSF.
Todavia, o novo modelo é olhado com alguma desconfiança pelo vice-presidente da Associação de Profissionais da Guarda (APG), José Miguel. Hoje em dia, “é muito prático e funcional” fazer compras online, mas no que diz respeito a roupas e fardamentos, não creio que seja assim tão prático ou sequer viável num curto espaço de tempo“, considera em declarações à TSF.
Depois não se admirem que apareçam bandidos a fazer auto stop e a assaltarem fardados .
E porquê?!
Alguém disse que venda será livre?
Pensar da muito trabalho, não é?
Quando comecei a ver/ouvir a notícia na TV, também fiquei com a mesma preocupação, mas depois ao dizerem que era para gestão interna fiquei mais descansado.
Ao ler esta notícia, voltei a ficar preocupado, ao referirem que existe um “mercado negro” de fardas