Pelo menos 10 pessoas morreram e uma criança está dada como desaparecida na sequência das inundações que devastaram na noite de terça para quarta-feira o leste de Maiorca, a ilha principal do turístico arquipélago espanhol das Baleares.
No último ponto de situação feito pelos serviços da proteção civil, as equipas de socorro tentavam na tarde desta quarta-feira localizar essa criança, o último desaparecido, que viajava com a mãe de carro quando foram apanhados por uma inundação que arrasou a localidade de Sant Llorenç.
A mãe morreu, mas antes conseguiu salvar uma filha de oito anos, não se sabendo se terá conseguido fazer o mesmo com o filho mais pequeno, que está desaparecido.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, visitou esta tarde a área afetada e assegurou às pessoas afetadas que o executivo irá “empenhar todos os recursos para que possam voltar à normalidade das suas vidas o mais rapidamente possível”.
Um total de 630 pessoas, incluindo militares, policias, bombeiros, psicólogos e outros profissionais de emergência trabalham no terreno afetado pelas inundações provocadas pelas fortes chuvas no leste de Maiorca.
Fazem parte deste contingente os 120 homens e mulheres da Unidade Militar de Emergência (UME) que foram enviados para a ilha esta manhã.
Segundo as autoridades, a tempestade atingiu níveis nunca vistos naquelas ilhas, tendo-se a intempérie localizado numa estreita faixa de terra, o que levou ao transbordo de um riacho que atravessa a cidade de Sant Llorenc des Cardassar, cerca de 60 quilómetros a leste de Palma de Maiorca.
Vídeos gravados em telemóveis pelos moradores na zona mostram uma forte corrente de água e lama que enterrou carros e arrancou árvores no seu caminho pelas ruas da aldeia de 8.000 habitantes.
Vias de comunicação inundadas e carros amontoados depois de arrastados pela força da água, alguns deles ao longo da berma da estrada principal, eram uma imagem normal esta quarta-feira em Sant Llorenc e outras localidades dos arredores.
Segundo o Governo regional balear, chegaram a cair até 220 litros de água por metro quadrado nas zonas mais afetada pela intempérie, havendo entre os mortos “dois cidadãos britânicos”.
O governo das Ilhas Baleares anunciou, entretanto, três dias de luto e pediu ao governo central que decrete o estado de catástrofe devido às graves inundações.
// Lusa