Uma avaria elétrica condicionou o funcionamento dos Centros de Orientação de Doentes Urgentes, obrigando o Instituto Nacional de Emergência Médica a ativar o plano de contingência da linha de emergência 112.
Uma avaria na central elétrica às 23h20 desta quarta-feira “está a condicionar” o funcionamento dos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), indica o INEM, que ativou o plano de contingência da linha de emergência 112.
“No sentido de poder continuar a garantir o trabalho regular dos CODU, e enquanto a empresa corrige a avaria, o INEM ativou no imediato o seu plano de contingência, solicitando aos centros operacionais 112 que o encaminhamento das chamadas referentes a situações de saúde fosse realizado para os telemóveis de reserva disponíveis nos CODU para utilização neste tipo de situações, garantindo deste modo a continuidade do funcionamento dos CODU”, explica o INEM, em comunicado enviado à Lusa.
O INEM diz estar a “desenvolver todos os esforços no sentido de garantir a resolução célere desta situação, de modo a repor o funcionamento das suas centrais médicas”, e apela “à colaboração dos cidadãos, solicitando que liguem para o Número Europeu de Emergência – 112 -, apenas em caso de emergência médica“.
“Todas as situações referentes a aconselhamento têm à sua disposição o número do centro de contacto do Serviço Nacional de Saúde, através do 808 24 24 24, o que permitirá que aos CODU cheguem apenas chamadas de verdadeiras emergências médicas”, acrescenta a nota.
Segundo uma fonte do INEM, a avaria na central elétrica ficou resolvida pelas 04h00. Ainda assim, apesar da avaria elétrica, os CODU atenderam sempre as chamadas de emergência “com recurso ao plano de contingência”.
Em comunicado enviado na noite de quarta-feira, a Associação de Proteção e Socorro (APROSOC) dava conta de que o sistema informático que gere o CODU estava em baixo.
“Acaba de chegar ao nosso conhecimento que o sistema informático que gere também as telecomunicações do CODU – INEM avariou às 23:18, tendo alegadamente somente cerca de 20 minutos mais tarde sido implementada a alternativa de transferência das chamadas 112 para telemóveis, ou seja, durante cerca de 20 minutos a população de Portugal continental esteve sem acesso ao serviço de emergência médica”, refere a APROSOC.
Na nota, que tem como destinatários os grupos parlamentares, e assinada pelo presidente da APROSOC, João Paulo Saraiva Amaral da Encarnação, recorda que “esta situação não é inédita”, acrescentando que a “alternativa de recurso implementada é arcaica, morosa e improficiente”.
O comunicado refere ainda que, pelas 00:21 de hoje, “os registos são feitos à maneira antiga com papel e caneta, com constrangimentos agravados pela escassez de operadores de CODU”.
ZAP // Lusa