O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, disse esta terça-feira que a equiparação das licenciaturas pré-processo de Bolonha a mestrados não constava da proposta do Governo aprovado em fevereiro.
“A proposta inicial do Governo aprovada a 15 de fevereiro não incluía essa hipótese, que surgiu durante o processo de discussão pública e é, por isso, que todos os diplomas legais deste nível são supostos terem discussão pública”, garantiu o governante.
Manuel Heitor, que falava à margem da inauguração de uma unidade pioneira de terapia celular da Universidade de Coimbra, salientou que o diploma “esteve em discussão pública durante quatro meses, nos quais surgiram muitos comentários e muitas opiniões”.
O jornal Público deu esta terça-feira conta de que o Governo recuou na decisão de equiparar as licenciaturas concluídas antes da reforma de Bolonha, até 2006, a mestrados para efeitos de concursos ou de prosseguimentos de estudos.
No quadro europeu “nenhum outro país tinha avançado com este processo [de equiparação] e em Espanha o que foi feito foi uma ligeira alteração ao quadro de qualificações e, por isso, a nossa opção de seguir a estratégia espanhola e não fazer nenhuma alteração ao regime legal”, esclareceu o ministro.
“O processo de Bolonha é de harmonização ao nível europeu e Portugal deve estar sobretudo orgulhoso por ter hoje um processo totalmente integrado no esforço europeu onde não há exceções”, sublinhou.
O ministro salientou ainda que foi simplificado o processo de equivalências, dando a total autonomia às instituições de ensino superior para poderem fazer equivalências e estimular a continuação dos estudos.
Governo recuou
Em março de este ano, Manuel Heitor anunciava que o Governo queria equiparar “para todos os efeitos legais” os bacharelatos e licenciaturas pré-Bolonha a licenciaturas e mestrados pós-Bolonha. Agora, o executivo recua e não efetiva o novo novo regime jurídico de graus e diplomas.
“Será inserida no decreto-lei que estabelece o regime jurídico de graus e diplomas” uma norma que estabelece a equiparação, explicou a tutela em nota enviada na altura à agência Lusa.
Com a reforma de Bolonha – que veio uniformizar os graus académicos e os tempos de formação superior na Europa – a duração do primeiro ciclo (licenciatura) passou a ser de três anos, o mesmo de um bacharelato antes da nova estruturação do ensino superior.
Muitas das licenciaturas pré-Bolonha tinham cinco anos de duração, que é o mesmo tempo atribuído agora aos estudantes que juntam um mestrado (dois anos) à sua formação de 1.º ciclo (três anos).
ZAP // Lusa
O INFARMED vai para o Porto… afinal não vai
As licenciaturas vão ser equiparadas a mestrados… afinal não vão
O António Domingues da CGD não tinha de mostrar a declaração de rendimentos… afinal tinha
O ISV vai ser reduzido… afinal não vai
O Costa não especula… afinal especula em Lisboa com compras de casas a velhos por tuta e meia
O Costa vai de calças de ganga à colónia… afinal vai mesmo
engraçada esta questão de bolonha! e da equiparação também não fica atrás na graça.
só fica beliscado quem votou nestes indivíduos e que é da função publica. No privado querem lá saber se é pré ou pós bolonha ou se tem mestrado ou só licenciatura.
É a geração dos 750euros (com sorte, pois ainda temos os do ordenado mínimo) e a esta o mercado quer qualificação mas não quer pagar por ela.
Vamos embalados na historia que “o governo faz assim para dar o exemplo” mas isso é só conversa para a meia dúzia de escolhidos, familiares e amigos dos que já lá estão. Se quisessem mesmo, impunham tabelas salariais para tudo e todos.
ainda bem que não avançaram com equiparações quando não há nada para equiparar. São coisas muito distintas!Não me quero ver misturado com esta situação actual pois não passei por ela e não tenho nada que ter mestrado quando não frequentei nenhum. Se o quiser ter, estudo para isso!
“ainda bem que não avançaram com equiparações quando não há nada para equiparar. São coisas muito distintas!”
Pode elaborar/esclarecer?
Esclareça vossa senhoria se acha que há algo de equivalente entre licenciaturas pré Bolonha e Mestrado pós Bolonha. A inveja é uma coisa muito feia.
Só uma nota, tenho mestrado antes e depois de Bolonha. Realmente não consigo equiparar os dois. Era muito mais difícil tirar um mestrado antes do que agora. Daí a minha dúvida.
É evidente que estes processos serão sempre injustos, por muito que se queira ser justo.
Acho curioso, no entanto, querer defender uma coisa sem mostrar algum facto que o suporte e pior, quando confrontado com o porquê, peça ao outro para esclarecer.
Não se compara pois houve alteração de conteúdos programáticos e suas cargas horárias. o que se dá hoje não é o mesmo que se dava antes.
não se consegue condensar 5 anos em 3 e para mestrado eram mais 2 anos. com o Bolonha passou-se a fazer em 5 anos o que antes leva obrigatoriamente 7 anos.
Agora é diferente (melhor ou pior conforme as opiniões) pois é mais rápido e a pessoa pode se lançar no mercado de trabalho e começar a ganhar experiência aos 21 anos de idade.
Esta sede de equiparar é só para efeitos de concursos públicos e politiquice. É a era das equivalências e das novas oportunidades em que podemos ser muita coisa sem nunca o ter sido.
Mas é assim porque a lei o permite e a classe politica que faz a lei quer que haja uma faixa cinzenta onde se encaixar e sermos todos doutores.
“não se consegue condensar 5 anos em 3 e para mestrado eram mais 2 anos. com o Bolonha passou-se a fazer em 5 anos o que antes leva obrigatoriamente 7 anos.” – não está a dizer uma coisa e o seu contrário?
É curioso este facilitismo que grassa nos nossos governantes. Tudo se resolve em cima do joelho. Haja injustiça ou não. Copiamos o que no estrangeiro se faz, nem que seja idiótico. Quando me licenciei tive que estudar durante 6 anos numa universidade. Anos em que fiz exames, trabalhos, relatórios em suma fui avaliado, e bem, por forma a que os professores no final dos meus seis anos de trabalho e de muito esforço me pudessem emitir o grau de licenciado. Ora bem após Bolonha a licenciatura que antigamente demorava seis anos de estudo a fazer passou a ser de 3 anos e, com mais 2 fica-se com o grau de mestre.
Resumindo um curso que no pré Bolonha requeria estudos a tempo integral de 6 anos passou a 5 e ainda por cima com um grau académico superior.
Antigamente para se ser mestre tinha que se tirar uma licenciatura de 5 ou 6 anos consoante o curso e andar na faculdade mais uns anitos para fazer o mestrado.
Isto não é despiciendo como muitos comentários podem querer parecer pois numa situação de concurso o grau de mestrado é superior a licenciatura. A não ser que os equiparem.
A questão que coloco agora, pois sou um pai preocupado, é a seguinte:
Não deveria eu aconselhar os meus filhos que estão a estudar no ensino básico a aguardar uns anitos pois talvez daqui por uns anos venha um acordo pós “outra cidade qualquer” em que com 9 anos de ensino básico já se é Professor Doutor? É que assim escusava de gastar dinheiro na faculdade.
Um licenciado de 5 anos em Portugal tinha extamente as mesmas habilitações que um licenciado de 3 anos noutro país da Europa.
A questão de Bolonha á harmonizar as habilitações na UE. Esqueçam o nome.
Passa a ser, no pós- Bolonha: 3 anos licenciatura e 5 anos mestrado.
Alguns cursos tiveram que ser ajustados.
Algumas universidades optaram por mestrados integrados.
Os detentores de cursos pré-Bolonha tiveram oportunidade de ajustar o grau académico, contactando a instituição de ensino que lhes concedeu o grau.
Como em todos os processo, haverá celeuma. No global e nos dias corrente, é muito mais justo
O seu mestrado pré-bolonha de 7 anos era extamente equivalente em termos de qualificação aos mestrados de 5 anos de alguns paises da UE