O presidente do PSD desvalorizou nesta sexta-feira a criação de um novo partido político por parte de Pedro Santana Lopes, considerando que se trata “talvez do concretizar de um sonho” por parte do antigo presidente do partido.
“O doutor Santana Lopes alimentava um pouco esta ideia há muitos anos. Eu próprio na campanha eleitoral falei nisso, porque isto já vem de trás. Tinha a ideia na cabeça e resolveu concretizar”, disse aos jornalistas Rui Rio à margem da visita ao concelho de Monchique, no distrito de Faro.
Pedro Santana Lopes desvinculou-se do PSD e anunciou a criação de um novo partido político, “Aliança“, estando neste momento na fase de recolha de assinaturas. Para Rui Rio, a criação do novo partido por parte do ex-líder do PSD pode até não ser tão negativo para o PSD: “Se o PSD quiser ganhar eleições, não é na direita, ali a combater a Aliança ou o CDS-PP para ir buscar um ou dois por cento”.
“Onde ganha é ao centro, onde exatamente está a abstenção. É num universo de 20, 30, 40 por cento de eleitores que não vota, eleitores de centro moderado. É nesse espaço que é da social-democracia onde está, a juntar o útil ao agradável, o potencial de ganho e de vitória do PSD”, sublinhou. Por isso, acrescentou, o PSD “só tem de convencer essas pessoas que aqui está qualquer coisa de diferente em que vale a pena apostar e votar”.
Rio disse ainda que não está desiludido com a saída e a criação de um novo partido por parte de Pedro Santana Lopes: “Nem vejo como uma coisa tática, mas sim a concretização de uma ideia e um sonho do doutor Santana Lopes, com o qual não vou ficar zangado“.
Rui Rio deslocou-se hoje ao concelho algarvio afetado por um incêndio no início deste mês, onde se reuniu com o presidente da Câmara, com agricultores e produtores florestais, tendo também visitado algumas das áreas ardidas.
Em entrevista à SIC nesta segunda-feira, o ex-primeiro-ministro Pedro Santana Lopes assumiu que o objetivo eleitoral do Aliança, partido que quer constituir, é “lutar para ganhar” ao líder do PS, António Costa. Vincando, uma vez mais, que com a fundação deste partido “não quis fazer nenhuma cisão” com o PSD, mas antes tomar “uma decisão”.
ZAP // Lusa
O “centro” de que Rui Rio fala é na verdade um sistema politico socialista de esquerda tem sido o garante da pobreza de Portugal. Já sei em que irei votar e nao será na continuação dos ultimos 40 anos nesse “centro”
Pobreza? so se for de espirito e de analise ,vale a pena ver as estatísticas europeias e do INE em Portugal .,se as souber ler, lamento ter de escrever .Nada aponta nesse sentido ,embora possamos e devamos pedir mais , sempre! Antonio Serzedelo editor do programa de radio quinzenal vidasalternativas. ha 20 anos.