/

Multidão mata quase 300 crocodilos para vingar morte de vizinho na Indonésia

8

STR / EPA

Um grupo de aldeões indonésios da província da Papua Ocidental matou 292 crocodilos de uma fazenda de criação para vingar a morte de um vizinho que tinha sido atacado por um destes animais.

A vítima, de 48 anos, caiu num poço com crocodilos na passada sexta-feira, enquanto cortava erva para alimentar o gado no município Sorong.

“Um funcionário ouviu alguém a gritar por socorro, foi até rapidamente lá e viu um crocodilo a atacar alguém”, disse o chefe da agência provincial de conservação através de um comunicado citado pela Business Insider, Basear Manullang.

No dia seguinte, os moradores foram à fazenda de crocodilos e mataram todos os animais que lá encontraram, recorrendo a “objetos afiados, martelos, blocos de madeira e pás”. Os répteis mediam entre 10 centímetros e dois metros de comprimento, e os agressores juntaram as carcaças dos animais numa enorme pilha.

Os crocodilos são uma espécie protegida na Indonésia e, em 2013, este viveiro de crocodilos de água salgada recebeu uma licença para funcionar como um refúgio destes animais, preservando assim a espécie, segundo Manullang.

No entanto, uma das condições para o funcionamento do viveiro era não perturbar a comunidade. “Para evitar que esta situação aconteça novamente, os detentores de licenças agrícolas precisam proteger as áreas à volta dos viveiros“, disse Manullang, acrescentando que a agência de conservação está a investigar o ocorrido em coordenação com a polícia. 

“Os crocodilos são criaturas de Deus que também precisam de ser protegidos”, rematou.

A Indonésia é um dos países com maior biodiversidade do planeta e conta com centenas de espécies ameaçadas pelo desenvolvimento industrial e agrícola, entre os quais os orangotango e os rinocerontes de Sumatra e Java.

8 Comments

  1. Porra… Onde chega a estupidez do ser humano.
    Agora os crocodilos que restaram estão a tremer de medo. Podem lá cair muitas pessoas que eles já não as vão comer. POR FAVOR…

  2. Eu mandava prender todos os autores da proeza. Depois um a um íam ter de lavar os dentes dos crocodilos da quinta todos os dias, sem qualquer protecção. Uma semana a cada um destes artistas. Os que sobrevivessem ao fim de uma semana poderíam sair em liberdade, mais ou menos mutilados.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.