Em entrevista ao jornal Público e à rádio Renascença, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, disse que as próximas eleições europeias “vão ser muito importantes” tanto no plano europeu como no plano interno.
Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros, considera que as eleições europeias do próximo ano serão um “teste interessante” para a aliança do Governo com as esquerdas, dado que as posições do Bloco e do PCP são muito distintas no que diz respeito a esta matéria.
Em entrevista ao Público e à Renascença, Santos Silva frisou que as próximas europeias serão “muito importantes no plano europeu e interno”.
“O recrudescimento de forças xenófobas e populistas é real. Tem importância no plano nacional porque as europeias serão cinco meses antes das legislativas. Será um teste interessante porque será uma área em que as posições dos partidos que apoiam o atual governo serão muito diferentes, senão contraditórias”, disse o ministro.
Ainda assim, Santos Silva frisou que está seguro de que os partidos que apoiam o Governo não vão enfraquecer a política nacional a nível europeu na campanha para as próximas eleições europeias.
Na próxima convenção nacional, o Bloco de Esquerda irá discutir uma moção na qual o partido se oferece para ir para o Governo, numa possível coligação com o PS, já no próximo ano. Para Santos Silva, esta possibilidade não está afastada, mas “a forma é secundária”.
A possível renovação da atual solução política, “exigirá certamente um nível de comprometimento nessa solução que será superior àquela que se verifica neste mandato”, defende.
Na opinião do ministro, um novo acordo tem de significar “um avanço no que diz respeito a políticas estruturais que o país precisa no domínio do território, ambiente, transição energética, política económica e também na política externa europeia”.
Questionado se considera que tal é possível, o ministro responde que “depende de três condições: da avaliação que o PS fará, tenho a mesma opinião que o secretário-geral de que há todas as vantagens que independentemente do resultado das eleições legislativas se renove esta solução; da vontade dos outros partidos, li com especial interesse a declaração do secretário-geral do PCP de que era impossível repetir a geringonça mas podia encontrar-se outra forma, veremos; e da vontade do povo”.
Na entrevista, o governante mostrou-se também muito preocupado com o “impasse” na negociação do Brexit.
“Conheço bem a vitalidade da democracia britânica para não ter nenhuma preocupação. Estou, sim, muito preocupado com a negociação do Brexit. O referendo foi em junho de 2016 e ainda não sabemos o que o Governo britânico realmente quer. O risco de chegarmos a outubro com a negociação bloqueada como está agora é um risco real. Temos de ter um acordo”, frisou.
“Chegarmos a outubro com a negociação bloqueada como está agora é um risco real.”
Segundo Augusto Santos Silva, a pior coisa que podia acontecer era chegar ao dia 29 de março de 2019, dia em que formalmente o artigo 50 é ativado, e não haver acordo sobre o período de transição e o futuro.
“Os britânicos estão a aprender agora que o processo de integração europeia tornou-se um processo tão presente na nossa vida quotidiana, na organização da nossa sociedade que é preciso ter muito cuidado quando se o põe em causa. No dia em que sair da União Europeia, o Reino Unido abandonará automaticamente 750 acordos internacionais diferentes. É preciso trabalhar para superar o impasse“, disse.
O ministro admitiu ainda que as eleições europeias tenham lugar ainda sem acordo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia.
ZAP // Lusa
Eleições europeias serão sobretudo um bom teste para ver o quão o país está-se a cagra para a Europa!
Referendem a presença de Portugal na União Europeia como fizeram os ingleses! Como todos sabem que ganharia o não à Europa nenhum político é suficientemente maluco para o fazer.
Assim temos uma democracia apenas no que o pai deixa.
Interessante, interessante era ver o Tó Costa, o Jerónimo e a Cathy numa orgia a demonstrar o amor uns pelos outros. Isso sim poderia ter algum interesse.
Saúde, Educação, Transportes, Justiça, Segurança Social, contratos de energia, precariedade na função pública, esquemas ilgais inter partidários para pagamento de cotas, corrupção do passado e do presente, vantagens indevidas na função de deputado… Quem quer saber das europeias? Estamos todos ansiosos pelas legislativas…