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Relatório denuncia violação dos direitos dos trabalhadores em fábrica chinesa da Amazon

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A Amazon está a ser alvo de várias críticas depois de um relatório internacional ter acusado a empresa de lucrar às custas de funcionários que trabalham em más condições na China.

A China Labor Watch, em conjunto com a revista The Observer do The Guardian, investigou as condições de trabalho na fábrica Foxconn, na China, na qual são confecionadas as colunas smart Echo e os leitores Kindle.

O relatório da investigação, realizada entre agosto do ano passado e abril de 2018, foi publicada no domingo no site da China Labor Watch e conclui que existem várias violações da lei laboral chinesa naquela fábrica. Entre elas destacam-se as semanas de trabalho com 60 horas e a falta de compensação adequada pela horas suplementares.

“Os lucros da Amazon são à custa dos trabalhadores que trabalham em condições chocantes e não têm escolha a não ser trabalhar horas extraordinárias excessivas para garantir a subsistência”, lê-se no relatório.

Em março, a Amazon admitiu ter descoberto “dois pontos preocupantes” na fábrica de Hengyang na sequência de uma auditoria. Na altura, solicitou de imediato “um plano de ação corretivo” para “remediar” os problemas encontrados na fábrica. Ty Rogers, porta-voz da Amazon, não adiantou mais pormenores sobre este caso.

Segundo a Visão, a Foxconn reagiu ao comunicado, afirmando ter conhecimento do relatório e estar a levar a cabo uma “investigação completa”. “Se for verdade, serão tomadas ações imediatas para fazer as operações cumprirem o nosso código de conduta”, garante.

A lei laboral chinesa estabelece um limite de 10% de trabalhadores temporários nas fábricas. No entanto, o relatório denunciou o recurso excessivo a trabalhadores temporários – cerca de 40% do total de trabalhadores – que não têm direito a baixa nem férias pagas.

Além disso, as horas extraordinárias estão a ser pagas como horas normais de trabalho, em vez da hora e meia prevista na lei. Outros dos problemas encontrados prendem-se com a falta de segurança em caso de incêndio na zona dos dormitórios e de equipamento de proteção, além da sujeição dos trabalhadores a “abuso verbal“.

ZAP //

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1 Comment

  1. Se a Amazon tem “escravos” na Alemanha, no R. Unido, na Itália, etc, ia para a China preocupada com os trabalhadores?!
    Tá bonito!…

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