A batalha de repressão pelas forças governamentais para a tomada do porto de Hodeida, no Iémen, liderado pelos rebeldes, fez mais de 100 mortos no espaço de uma semana, indicaram hoje fontes médicas e militares.
As tropas fiéis ao presidente do Iémen, Abd Rabbo Mansour Hadi, apoiado por uma coligação militar comandada pela Arábia Saudita, avançaram nos últimos dias cerca de duas dezenas de quilómetros para a cidade de Hodeida (oeste) onde procuram rebeldes huthi, apoiados pelo Irão.
Hodeida, no Mar Vermelho, é o principal porto de entrada para importações e ajuda humanitária ao Iémen, um país pobre e devastado pela guerra desde 2015.
A coligação afirma que Hodeida também é um ponto de partida para ataques rebeldes contra navios e o lugar pelo qual se supõe que o Irão entregue armas aos huthis, o que Teerão nega.
As autoridades médicas e de segurança, revelaram igualmente que lutas intensas entre as forças pró-governo e os rebeldes xiitas fizeram pelo menos 28 mortos de ambas as fações.
Forças do governo, apoiadas por ataques aéreos da aliança liderada pela Arabia Saudita, têm avançado ao longo da costa ocidental nas últimas semanas enquanto combatem os rebeldes, conhecidos como huthi.
Os rebeldes mataram 18 pessoas das forças pró-governo e feriram 30 num ataque na sexta-feira na cidade de el-Faza, controlada pelo governo, que durou oito horas, segundo as autoridades.
A guerra civil no Iémen estende-se desde março de 2015, com os xiitas apoiados pelo Irão, que controlam a capital e grande parte do norte do país, em conflito com a coligação liderada pelos sauditas.
Nas regiões do sul e do este do Iémen, há presença de grupos de jihadistas radicais como a Al Qaeda.
// Lusa