Os utilizadores do Twitter que se registaram na rede social antes dos 13 anos estão a ver as suas contas suspensas – mesmo que actualmente tenham já a idade mínima exigida. A decisão está relacionada com o Regulamento Geral de Protecção de dados, recentemente aprovado na UE.
Segundo o Mashable, a rede social está a adaptar-se às regras do RGPD, regulamento de protecção de dados que entrou em vigor na União Europeia no passado dia 25, e começou a suspender as contas de utilizadores que se registaram quando ainda não tinham 13 anos. Um porta-voz do Twitter, no entanto, recusou-se a comentar o assunto.
Segundo o RGPD, as empresas são obrigadas a restringir o acesso aos seus serviços online a utilizadores com uma idade mínima de 13 anos – o que colocou o Twitter sob a pressão de decidir o que fazer com as contas criadas, em qualquer altura, por utilizadores menores de 13 anos.
E a resposta da rede social do passarinho azul foi: acabar com elas.
Segundo as reclamações dos afectados, que não param de aumentar, os utilizadores estão a receber e-mails e notificações do Twitter informando que as suas contas estão suspensas. Alguns utilizadores relatam que, antes de bloquear a conta, a rede social lhes pediu que adicionassem uma data de nascimento aos seus perfis.
Há utilizadores que dizem ter conseguido recuperar a conta depois de enviar ao Twitter uma cópia de um documento de identidade ou uma certidão de nascimento. Há ainda relatos de perfis de empresas que estão a ser afectados pela mudança de política da rede social.
Alguns dos utilizadores que viram as suas contas bloqueadas relatam que, alguns anos após se terem registado (numa altura em que “não podiam”), acrescentaram a sua data de nascimento ao perfil – o que lhes terá sido “fatal”.
Ao contrário de outras redes sociais, como o Facebook, o Twitter não pede indicação da data de nascimento no momento do registo, apesar de deixar clara a informação de que o uso da plataforma é interdito a menores de 13 anos.
O RGPD prevê multas que podem ascender a valores da ordem dos milhões de euros, dependendo da gravidade da norma infringida e da dimensão da empresa. Pelo sim, pelo não, o Twitter parece ter decidido cortar o mal pela raiz.