Uma carta que se acredita ter sido escrita em 1888 pelo assassino em série conhecido como ‘Jack, o Estripador’ foi vendida por 25 mil euros numa casa de leilões de Folkestone, no sudeste de Inglaterra.
A carta data de 29 de outubro de 1888, onze dias antes do assassinato de Mary Kelly, que se supõe ter sido a última vítima mortal do assassino.
“Há duas mulheres que quero aqui. A minha faca está em bom estado, é uma faca para estudantes e espero que gostem de rim. Sou Jack, o Estripador“, lê-se na carta que o assassino enviou a um posto de polícia de Londres.
Um coleccionador britânico venceu a licitação, que estimava o preço de venda da carta em 681 a 1022 euros. Segundo Jonathan Riley, responsável da casa de leilões Grand Auctions, o preço de venda “mostra o interesse que existe por Jack, o Estripador”.
A carta pertenceu a um guarda da Polícia Metropolitana de Londres, que a entregou como prenda quando se reformou em 1966 e foi a sua viúva que decidiu leiloar o documento.
O caso de Jack o Estripador continua a ser um dos maiores mistérios sem solução, depois de o assassino ter morto cinco mulheres entre agosto e novembro de 1888, sem que nunca se tenha conhecido a identidade do autor dos crimes.
Em setembro, o autor britânico David Bullock anunciou ter descoberto o túmulo de Jack, o Estripador e desvendado a verdadeira identidade do infame assassino, que assegurou tratar-se de Thomas Cutbush.
As teorias incluem uma centena de suspeitos, mas Bullock sugere que só algumas são viáveis. Segundo o autor, Cutbush trabalhava no bairro londrino de Whitechapel, onde foram assassinadas a maioria das vítimas.
Em agosto, outra teoria alegava ter desvendado o maior mistério de todos os tempos: o assassino seria na realidade James Maybrick, um comerciante de algodão de Liverpool, em cujo livro de memórias teria confessado os brutais assassinatos.
Já em 2014, um outro autor britânico, Russell Edwards, afirmou ter resolvido o mistério da identidade do mais célebre assassino da História, graças a uma análise ao seu ADN. Segundo o autor britânico, era um imigrante polaco chamado Aaron Kosminski.
Edwards sustenta a sua tese em análises de ADN a um xaile recolhido na cena do crime da quarta vítima do assassino, Catherine Eddowes, morta a 30 de setembro de 1888, então analisada por Jari Louhelainen, biólogo na Universidade John Moores, em Liverpool.
Mas a teoria foi pouco tempo mais tarde contestada por quatro cientistas com conhecimentos aprofundados na área da investigação genética, que concluíram que Louhelainen cometeu um “erro básico de terminologia” ao usar a base de dados do ADN para calcular as probabilidades de uma compatibilidade genética.
Mas e se afinal Jack, o Estripador nunca tiver existido?
ZAP // Lusa