Jack, o Estripador, era um imigrante polaco chamado Aaron Kosminski, avança um autor britânico, que afirma em livro ter resolvido o mistério da identidade do mais célebre assassino da História, graças a uma análise ao seu ADN.
Há anos que se especula sobre a identidade de Jack, o Estripador, um assassino em série que há mais de um século aterrorizou o bairro de Whitechapel em Londres, matando várias prostitutas.
Na altura dezenas de pessoas foram suspeitas, incluindo membros da família real britânica e primeiros-ministros, mas, num livro que chega terça-feira às bancas, o empresário e autor Russell Edwards garante que Aaron Kosminski, um dos suspeitos da altura que morreu num asilo para doentes mentais, era o verdadeiro Jack, o Estripador.
Segundo Russell Edwards, um entusiasta pela procura da identidade do assassino, não há qualquer margem para dúvida: o assassino era Aaron Kosminski, um imigrante judeu vindo da Polónia e que trabalhava numa barbearia.
Edwards sustenta a sua tese em análises de ADN feitas a um xaile recolhido na cena do crime da quarta vítima do assassino, Catherine Eddowes, morta a 30 de setembro de 1888.
A peça tinha sido recolhida da cena do crime por um polícia que pretendia oferecê-la a sua mulher, que se recusou a usá-la.
O xaile foi entretanto guardado numa caixa e acabou no museu do crime da Scotland Yard, tendo sido comprado por Russell Edwards num leilão, em 2007.
Análises ao ADN deixadas na peça foram comparadas com amostras recolhidas junto de descendentes de Aaron Kosminski, o que permite, segundo o autor, afirmar que ele esteve no local do crime.
Catherine Eddowes, 46 anos, foi morta na mesma noite que a terceira vítima do assassino. Ÿrfã, a jovem prostituía-se ocasionalmente, tinha três filhos.
O corpo estripado foi encontrado às 1h45 horas.
Aaron Kosminski nasceu em Klodawa no centro da Polónia em 1865. A sua família vivia em Londres desde 1880, na zona onde os crimes aconteceram.
A tese de Russel Edwards está já a ser contestada por vários investigadores.
O professor Alec Jeffreys, que em 1985 inventou a técnica de análise do ADN que permite estabelecer o perfil genético de cada indivíduo, considerou que o livro não fornece “qualquer prova” sobre quem foi o assassino.
/Lusa