O impacto da ajuda do Estado aos bancos no défice foi de 9,1% do PIB e na dívida pública superou os 12%, de acordo com os dados atualizados do Banco de Portugal.
O Banco de Portugal atualizou os números sobre o impacto no défice e na dívida das medidas governamentais de apoio ao sistema financeiro entre 2007 e 2017. Em Portugal, estas medidas tiveram um impacto acumulado neste período de 9,1% do PIB no défice e de 12,3% do PIB na dívida pública.
O impacto no défice de 2017 foi de cerca de 4,5 mil milhões de euros (2,4% do PIB), essencialmente por via da operação de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, explica o Banco de Portugal, citado pelo Observador.
Por causa desta operação, o Eurostat calculou que o défice português situou-se nos 3% no ano passado e não nos 0,91%.
Antes já tinha sido indicado que a fatura total dos portugueses com a crise a estabilização do sistema financeiro ascendia a 17,1 mil milhões de euros na última década, que ficou marcada pelos resgates a vários bancos – BPN, BES e Banif – e pela recapitalização do banco público que representou uma injeção de 3,9 mil milhões de dinheiro público, avança o ECO.
Dívida pública aumentou para 246 mil milhões de euros em fevereiro
A dívida pública situou-se em 246 mil milhões de euros em fevereiro, um aumento de 2,4 mil milhões de euros face ao final de janeiro, divulgou o Banco de Portugal.
“Para este aumento contribuiu essencialmente o acréscimo dos títulos de dívida pública (2,2 mil milhões de euros)”, refere o banco central.
Em fevereiro, os ativos em depósitos das administrações públicas subiram 2,2 mil milhões de euros, “pelo que a dívida pública líquida de depósitos registou um aumento de 0,2 mil milhões de euros em relação ao mês anterior, totalizando 223,3 mil milhões de euros”, segundo a mesma fonte.
A dívida pública já tinha subido em janeiro face a dezembro, de 242,6 mil milhões de euros para 243,6 mil milhões de euros.
ZAP // Lusa
E onde estão os contestatários de há 3 anos atrás?.
Quais?
Aqueles a quem o Passos tentou convencer que o BES não iria ter custos para os contribuintes?
Só estão a comprovar mais uma das suas (grandes) mentiras!…
Além das “prendas” deixadas no BANIF e na CGD…
Pior que um cego é aquele que se recusa a ver!
Exactamente!
O pior é ver (e sentir!) que ficamos sem 12% do PIB para ajudar bancos, principalmente o BES – o tal que não iria ter custos para o contribuinte!!…
Isto, claro, sem esquecer o BPN, o BANIF, os “desvios” da CGD para os amigos do PS e do PSD, etc, etc…