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O homem que Orlando Figueira acusa de o ameaçar só queria fazer perguntas

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Manuel de Almeida / Lusa

O angolano Artur João Matos disse nunca ter ameaçado o antigo procurador Orlando Figueira ou a sua família e colocou-se à disposição das autoridades portuguesas.

O antigo procurador do Ministério público, Orlando Figueira, que está a ser julgado no âmbito da Operação Fizz, disse ter sido ameaçado de morte, assim como a sua a irmã e a advogada Carla Marinho a “mando de uma pessoa muito mencionada neste processo”.

Na altura, a advogada pediu ao tribunal a visualização dos vídeos de vigilância nos dias 27 e 28 de fevereiro da receção do tribunal e da zona perto da sala de audiência, onde decorre o julgamento.

Agora, Artur João Matos, o alegado autor das ameaças, respondeu ao tribunal negando todas as acusações da defesa do antigo procurador do DCIAP, segundo o jornal i.

Num requerimento que foi ontem junto ao processo, Artur João Matos, o homem com quem Orlando Figueira e a sua irmã falaram, confirma ter assistido a uma sessão de julgamento e ter tido um encontro com a irmã do procurador no Hotel Ibis da Expo, mas nega que tenha feito qualquer ameaça.

Artur João Matos diz ainda estar disponível para vir a Portugal depor, uma vez que “quem não deve não teme”.

O cidadão angolano diz que se apercebeu de que era o visado através das notícias e que por isso decidiu enviar este documento ao tribunal.

“Permitam adiantar que enquanto cidadão angolano que se encontrava em Portugal em gozo de férias, o interesse do Exponente era de inteirar-se da real situação que deu lugar ao processo em causa, o seu andamento e tendência do desfecho, porque é licenciado em Comunicação e por isso tem ponderado criar um blogue para tratar de assuntos de interesse político e económico, tendo em atenção que este processo em concreto envolve um ex-vice-presidente do seu país, situação que reforça mais o interesse de qualquer angolano consciente”, explica.

Segundo a versão agora apresentada, foi com esta motivação que o cidadão angolano se deslocou ao tribunal para assistir à sessão de julgamento e cumprimentou várias figuras, inclusivamente Orlando Figueira.

No fim da sessão, conta neste requerimento, encontrou o antigo procurador e a sua advogada à entrada do tribunal e manifestou interesse em “conversar com ele”, tendo-lhe sido indicada a manhã do dia seguinte nas instalações do tribunal, o que não aconteceu porque o antigo procurador não compareceu.

“Já de regresso ao Hotel Ibis Expo, onde estava hospedado, deu-se de frente com o senhor Orlando, que ia caminhando a pé em direção ao tribunal”, conta Artur João Matos.

A mesma versão dá conta de que Orlando Figueira terá dito que o encontro não poderia ter acontecido no tribunal porque andava a ser seguido pela PJ e, sem sequer ser questionado, disse que “a procuradora se embirrou com o engenheiro Manuel Vicente, pois ele não tem nada a ver com a situação”. “Nem o conheço”, terá dito Orlando Figueira.

ZAP //

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1 Comment

  1. É de cagar a rir. O pobre do Artur só quer escrever um blog e como não havia mais ninguém a quem entrevistar foi logo fazer perguntas ao seu velho amigo Orlando.

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