Portugal vai ser o único país a receber uma carta da Comissão Europeia com pedidos de clarificação sobre o que o Governo e restantes autoridades tencionam fazer em algumas reformas estruturais que continuam em falta.
Segundo o Diário de Notícias, mais de dez anos depois da crise financeira que assolou Portugal, as “fraquezas” dos bancos portugueses ainda são agentes de preocupação para Bruxelas.
É por essa razão que a Comissão Europeia vai endereçar a Portugal uma carta na qual será pedida uma clarificação das medidas previstas pelo Governo e outras autoridades de forma a levar a cabo as reformas estruturais que estão em falta.
Além disso, a concorrência limitada nos setores dos serviços e da construção será outro ponto a merecer reparos especiais da CE, assim como os níveis perigosos de dívida privada e pública e aos obstáculos na contratação sem termo, por exemplo.
“Vamos enviar uma carta às autoridades portuguesas a salientar a importância de um programa de reformas ambiciosas e pormenorizado para tratar dos desequilíbrios que persistem”, revelou Dombrovskis, ao apresentar os diagnósticos sobre o estado das economias europeias no âmbito do arranque do novo ciclo de avaliações do semestre europeu.
Este ciclo começou relativamente bem para Portugal, que abandonou a categoria de “desequilíbrio macroeconómico excessivo“, tendo sido promovido para a classe de “desequilíbrio” simples.
Os outros países que acompanham Portugal na subida são a França e a Bulgária, mas estes não vão receber uma carta. O Governo português será o único.
Na conferência de imprensa do semestre europeu, na quarta-feira passada, os comissários foram questionados sobre por que razão o país vai receber uma carta a pedir detalhes e ambição nas reformas estruturais e os outros parceiros não, já que o tom geral sobre Portugal é agora “positivo”.
Segundo o alto dirigente europeu “há grandes desafios no caso de Portugal, sobretudo no que se refere ao nível de endividamento muito elevado dos particulares, das empresas e também do endividamento público e, portanto, as autoridades portuguesas foram convidadas a apresentar um programa de reformas em abril que seja ambicioso”, insistiu.
Ajudar a banca nacional??? Ainda mais?? Se um banco falir já não deve ser o estado com dinheiro de todos a entrevir…. O banco e uma empresa privada se falir existem perdas como tudo na vida mas essas perdas serão mais fáceis de serem superadas do que se injectar dinheiro dos contribuintes nos bancos….
Ó Mark Paulo. Há dimensões que vão para além daquilo que o seu pequeno intelecto lhe permite compreender. A falência de um banco pode ter um impacto totalmente inaceitável do ponto de vista económico e social, e pode ainda acarretar um risco sistémico. Por essas razões os Estados muitas vezes têm de intervir e não entrevir como o caro amigo refere. Aconselho-o a ir jogar à bola e deixar a discussão para os adultos.