A empresa cofundada pelo produtor norte-americano chegou a um acordo de venda com um grupo de investidores chefiado por Maria Contreras-Sweet, evitando abrir falência.
“Demos um passo importante e chegámos a um acordo para comprar ativos da The Weinstein Company, com o objetivo de lançar uma nova empresa, com uma nova direção e uma nova visão”, disse em comunicado a responsável, que terá desembolsado 500 milhões de dólares (cerca de 407 milhões de euros) para adquirir os bens da produtora.
O acordo foi alcançado após intensas negociações, nas quais participou a procuradoria-geral do estado de Nova Iorque que, no passado dia 11 de fevereiro, apresentou uma queixa de direitos civis contra a empresa e especificamente contra os seus fundadores, os irmãos Harvey e Robert Weinstein, pelo ambiente abusivo em que funcionavam.
Harvey Weinstein foi afastado da empresa em outubro do ano passado no seguimento de várias denúncias públicas de assédio e abuso sexual por dezenas de mulheres no meio cinematográfico.
Segundo a imprensa, em discussão estava um acordo de 500 milhões de dólares e a Justiça exigia a criação de um fundo de 40 milhões de dólares para a empresa compensar as mulheres que terão sido vítimas dos avanços de Harvey Weinstein.
A empresa tinha anunciado, no início desta semana, que iria declarar falência após falhadas as negociações com este grupo de investimento mas, na quinta-feira, a procuradoria voltou a sentar-se com as partes numa nova tentativa de evitar a bancarrota e proteger os empregados e as supostas vítimas.
Os irmãos, que em 1979 fundaram os estúdios Miramax, produziram dezenas de filmes e séries de ficção e entretenimento premiadas. Entre os seus maiores sucessos de bilheteira contam-se “Sacanas sem lei” (2009) e “Django libertado” (2012), ambos de Quentin Tarantino, “O discurso do rei” (2010), de Tom Hooper, “Guia para um final feliz” (2012), de David O. Russell, e “O mordomo” (2013), de Lee Daniels.
// Lusa