O deputado Fernando Negrão conseguiu apenas 39,7% dos votos para a liderança parlamentar do PSD, correspondente a 35 votos favoráveis, 32 brancos e 21 nulos, tendo votado 88 dos 89 parlamentares sociais-democratas.
Fernando Negrão foi o único candidato à sucessão de Hugo Soares, que convocou eleições antecipadas para a liderança parlamentar depois de o novo presidente do PSD, Rui Rio, ter manifestado a vontade de trabalhar com outra direção de bancada.
Venceu as eleições, mas com o pior resultado dos últimos 16 anos, de acordo com o Público, resultado esse que deixa transparecer um “problema de natureza ética” na bancada do PSD, referiu o próprio.
Negrão apresentou uma lista com 37 nomes, que, à partida, seriam votos certos. No entanto, estas eleições para a bancada parlamentar do PSD saldaram-se com apenas 35 votos a favor de Negrão (39,7%), querendo isso dizer que, pelo menos, dois membros da sua lista não votaram a favor do deputado.
“Há um problema, não de natureza política, mas ética, porque houve pessoas – eventualmente duas, mas podem ser mais – que aceitaram integrar a lista e depois terão votado em branco”.
Negrão assumiu, no entanto, que, ainda assim, vai assumir o cargo de líder parlamentar dos sociais-democratas, interpretando os 32 votos em branco “como um benefício da dúvida”, apontando essa como a primeira razão para a sua decisão.
A segunda razão para assumir o cargo, explicou, é que “ninguém teve a coragem” de assumir uma candidatura contra si.
Fernando Negrão acrescentou também que conta com o apoio do líder eleito do partido, Rui Rio: “Comuniquei ao dr. Rui Rio os resultados, expliquei-lhe a leitura que fazia dos mesmos e disse que, na minha opinião, eu assumiria a direção do grupo parlamentar. Ele disse: ‘Se entende que deve assumir, tem o meu apoio'”.
Já a antiga ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, interpreta os resultados como uma “fragilização da bancada parlamentar”. “A liderança da bancada do PSD não está legitimada nem do ponto de vista político, nem do ponto de vista jurídico”, garantiu ao Observador.
Ao nível da legitimidade política, explica, “alguém que tem 35 votos em 89 deputados de uma bancada parlamentar fragiliza essa própria bancada frente ao que é a sua oposição”. Quanto à legitimidade jurídica da eleição, Paula Teixeira da Cruz avisa que “o regulamento do grupo parlamentar fala em maioria. Ora, havendo apenas uma lista, maioria é 50% mais um, o que não se verificou”.
A jurista aproveitou para contestar a interpretação de Negrão que disse que “juntava os votos em branco aos favoráveis”, já que considera os brancos como o benefício da dúvida e ficava então “com 67 votos”.
“Nunca um voto branco foi entendido assim do ponto de vista jurídico e político. Não me lembro, na história da democracia, de haver esse entendimento”, insistiu Paula Teixeira da Cruz que muito tem criticado a nova liderança do partido, sobretudo pela escolha de Rui Rio para a vice-presidência, Elina Fraga.
ZAP // Lusa
Mais uma vez ficou provado, os agarrados aos lugares quando não são beneficiados, quando os seus tachos estão em causa, unem-se de forma a protegerem.
Se Rui Rio veio sem medo para esta luta, só tem que varrer estes agarrados e acabar com esta malta que apenas fazem da politica um meio de sobrevivência e mal. Chegou a hora de Montenegrinhos, Paulinhas e Huguinhos irem dar banho ao cão.
Força Rio isto tem que dar uma volta, e a partir das bases começar uma novo Psd.
F,Couto
Totalmente de acordo consigo, estes “tristes” deputados com dedo da “Paula da Cruz” não tem onde cair “mortos”! Valem ZERO! Mudem de Parido e se possivel já, pois só demonstram que estão no sitio errado e parecem ser “cobaias” do outro partido da direita…! O PSD sempre, desde Francisco Sá Carneiro foi centro e de esquerda! A deputada que chamou de “traição” a alguém dentro do PSD, devia olhar-se para o espelho! Eu, também fui militante e renunciei, porque não me revia nesta “comandita”, porque como autarca que fui das Freguesias, e tal como muitos companheiros mandámos o governo do Passos dar uma “volta ao bilhar grande”, fazer pouco de quem era autarca NUNCA! TRAIDORES, FORAM os Deputados do PSD e o seu Governo que extinguiram e fundiram FREGUESIAS sem explicar e ouvirem os Autarcas!
Foram aglutinadas Freguesias mas também deveria ser fundidos Concelhos.
Tudo de forma a reduzir custos para o cidadão contribuinte.
Um país tão pequeno como o nosso, que é em si a dimensão de muitas regiões noutros países, querem ainda alguns promover regionalização para garantir mais uns quantos tachos de governação.
“O PSD sempre, desde Francisco Sá Carneiro foi centro e de esquerda!” Deve estar a gozar concerteza!… De Centro talvez (bem encostadinho à direita; mas de centro esquerda? Não se deve estar a referir ao PSD de Portugal. Foi militante a pensar assim? Então andou enganado este tempo todo, ou… não faz ideia o que é ser de esquerda (centro… ha, ha, ha!!!)
É de facto um resultado fraquíssimo além de que, haver pessoas dentro da própria lista a não apoiar o cabeça de lista denota um ambiente de traição num verdadeiro ninho de víboras.
O PSD está podre porque está minado de interesses instituidos que têm um tal ódio a Rui Rio, que o querem ver mal de qualquer jeito. No mínimo andaram a comprar as pessoas que votaram em branco, na esperança que não se desse por isso. Não esperavam é que houvesse menos votos a favor do que o número de pessoas na lista. Agora foram desmascarados e Negrão já sabe que pode contar com sabotadores e espias na própria equipa.
Sim. O seu PS está muito melhor. Parece que se esqueceu que quem queria limpar o partido dos interesses foi logo corrido e esfaqueado pelas costas pelo António Costa. Assim, mantém-se o gangue e o saque generalizado. O Seguro era uma lufada de esperança no PS. O seu PS precisa de se libertar dos interesses e da postura de gangue que assumes há muitos anos.
Engana-se… Gosto de muitas coisas que este Governo Geringonça tem feito (nem tudo e critico aquilo com que não concordo), mas nunca na vida o PS, nem nenhum dos partidos da geringonça receberam um voto meu.
Toda a vida votei ou no PSD (como em 2011 e bem me arrependi) ou no MPT (grande Arq. Ribeiro Telles). Às vezes é bom não nos percipitarmos a tirar conclusões, sabe. Eu sei que pessoas como você não estão muito habituadas a pensamento político livre. Você se calhar até gosta de futebol, outra coisa que eu não gosto…. E por isso acha que pensar política é como ser adepto de um clube de futebol.
Não tenho fidelidades nem clubismos e muito menos filiações partidárias. Rejo-me por valores de justiça (social e não só), de humanismo, de liberdade e de pluralismo. Estou me nas tintas para os partidos, interessam-me a visão e as consequências práticas das políticas adoptadas, em cada momento e em cada contexto.
Por isso pode dizer à vontade “o seu PS”, “o seu CDS”, “o seu MN”, o seu “MIRN”, “o seu MRPP” ou “o seu POUS”… Que eu marimbei. Você fala com a inexorável autoridade que a ignorância lhe confere.
“…Eu sei que pessoas como você não estão muito habituadas a pensamento político livre. Você se calhar até gosta de futebol, outra coisa que eu não gosto…”
“…Você fala com a inexorável autoridade que a ignorância lhe confere…”
Tudo ao lado meu caro. Muito ao lado. Quanto ao seu PS, que neste comentário tanto procura disfarçar, está bem presente noutras lamentações que tem deixado aqui pelo ZAP. E quanto a mim… sempre votei branco. Por isso estou perfeitamente à vontade nesta matéria. Agora nunca gostei de lobos em pele de cordeiro. Irei sempre desmascará-los como faço aqui consigo.
É muito difícil “jogar” com uma equipa que não foi escolhida por nós, principalmente quando os deputados foram escolhidos pelo nosso antecessor… Naquele grupo apenas o Marques Guedes tinha o perfil ideal para assumir a liderança da bancada parlamentar, não querendo, tornou a escolha deveras complicada.