Depois de ter defendido o bispo Juan Barros e ter “magoado” as vítimas de abusos sexuais, o papa Francisco anunciou que o arcebispo de Malta vai ao Chile investigar as suspeitas que pendem sobre o bispo chileno.
O papa Francisco anunciou esta semana que vai enviar um responsável do Vaticano a Santiago do Chile para investigar a polémica que envolve o bispo Juan de la Cruz Barros, acusado de ocultar durante décadas os abusos de crianças cometidos por um padre chileno.
Segundo o Expresso, o anúncio foi feito estar terça-feira, depois de o líder da Igreja Católica ter visitado o país e de se ter encontrado com vítimas de abusos sexuais. O papa Francisco terá afirmado a sua crença de que o bispo Juan Barros é inocente, tendo pedido desculpa às vítimas por ter usado uma expressão “menos feliz” para defender o bispo.
Segundo o comunicado da sala de imprensa da Santa Fé, Charles Scicluna – arcebispo de Malta e presidente do colégio para o exame dos recursos em matéria de delicta gravora (delitos ou crimes considerados ais graves), a Sessão Ordinária da Congregação para a Doutrina da Fé – foi enviado para Santiago do Chile.
Charles Scicluna vai viajar até ao país para “ouvir aqueles que queiram submeter informações na sua posse”. O arcebispo é o “especialista mais respeitado do Vaticano” depois de ter ganho fama, entre 2002 e 2012, graças a uma série de casos de abuso sexual a menores dentro da Igreja que investigou.
O alvo do inquérito Juan Barros é acusado de ocultar o facto de um outro padre do Chile, Fernando Karadima, ter molestado dezenas de raparigas em Santiago de Chile a partir dos anos 1980. O Vaticano considerou Karadima culpado e condenou-o a uma pena perpétua de “arrependimento e orações”.
No entanto, a padre nunca chegou a enfrentar acusações criminais no Chile.
Um arcebispo “investigador” e ainda por cima “independente” (ou não!) da Igreja…
A máfia da Igreja continua a “brincar” com as pessoas!…